sexta-feira, agosto 19, 2011

Existe uma lenda – que muitos aqui devem conhecer – de que existe uma passagem que liga São Tomé das Letras à Machu Picchu. Meu tio acredita nisso piamente, a ponto de dizer que o acesso a caverna onde existe tal portal foi fechado pela prefeitura para evitar a viagem e não por segurança. Não sei nem mesmo se existe tal caverna, e se realmente foi fechada pela prefeitura.

Toda essa introdução é apenas para tentar especular sobre um mecanismo humano que a mim intriga muito: a fé. Algo que pode parecer absurdo para uns é totalmente palpável para outros. A fé é a arte de acreditar na falta de evidências, como se essa própria sentença já não fosse um contra-senso.

Sem querer fazer juízo de valor ou chacota com quem quer que seja, me permito duvidar da divindade terraqueamente representada – não por habitar o corpo, mas por procuração – pelo Papa. E para que não pese sobre minhas pobres letras a carga de “ateu fervoroso” busco embasamento na dúvida, em parte tentando livrar minha barra de “direitoso”, de Leonardo Boff e Olavo de Carvalho, amén.

7 comentários:

Anônimo disse...

SM;
Acho que faltou na tua reflexão separar a fé dita natural que é uma incumbência da vida, por exemplo: Se vc não acreditar que vai a padaria comprar um pão e come-lo por várias circunstâncias adversas nesse percuso de ida e volta não terá fé, porque não existe evidencia concreta antes desse ato, entre a vontade de comer o pão para o pão estar na sua mesa, existe um processo, ou seja, um hiato que demanda fé. Agora, a fé em coisas espirituais, lendas etc..é outro assunto.

Anônimo disse...

Não tenho um verdadeiro conceito de fé definido. Mas prefiro não sair falando de fé como se fala da propria bunda!!

MS

Anônimo disse...

A fé é o firme fundamento das coisas que não se vê. Paulo de Tarso.

PIK

Anônimo disse...

Respondendo:

Ao primeiro anônimo: não julgo seu argumento como fé, e sim expectativa.

Ao MS: fico feliz por isso, obrigado.

Ao PIK: concordo plenamente com a frase, como indicado no texto postado. Porém me dou o direito de duvidar. Isso não quer dizer que não respeite, acho até bonito.

SM

PIK disse...

Pois é. Tanto Agostinho como Tomas de Aquino tentaram fundamentar a fé utilizando a filosofia de Platão e Aristóteles. Para mim, apesar de grandes filósofos não perceberam que a fé não está para a ciência, assim como a ciência não esta para fé. Não que sejam contraditórias,pois ambas tentam fundamentar o arque , entretanto, os caminhos são diferentes.
Fui um "ateu" por um longo tempo,acho que hoje estou mais para um agnóstico, apesar que no fundo o agnóstico segundo um professor meu é um ateu bunda mole.rs
Bem.Sempre explico aos questionadores de plantão que a fé é inexplicável e gostaria de verdade de tê-la.Mais fazer o que , não se pode ter tudo.
Há alguns ainda que diz que impossível medi-la. Sei lá.

Anônimo disse...

O ceticismo nasce da fragmentação da mente. É a postura do covarde ou do preguiçoso que, por não querer fazer o esforço de saber, tenta provar que é impossível saber. Com esse objetivo, a mente cética produz impasses de difícil refutação, não tanto pelos esquemas argumentativos que os suportam, mas principalmente pelo estado de ânimo de desconfiança que os produz. A desconfiança suscita objeções e mais objeções, e quando todas foram respondidas, sua insegurança não se aplaca e ela continua a apresentar novas objeções, sem se dar conta de que são apenas variações das já respondidas. A discussão com o cético não tem fim — não por causa da força de seus argumentos, que em si são fracos, mas por causa do medo abissal que os produz, e que não pode ser curado mediante argumentos.(Olavo De Carvalho)

Anônimo disse...

Caramba hein.

E eu que achei que fosse sempre bom questionar... covarde eu.