sábado, janeiro 30, 2010

O sino, o badalo e a corda. E a mão?


“A cidade cresce junto com o neném” Lenine/ Moska


Houve um tempo em que os estudos sobre as cidades e seu planejamento eram feitos por áreas distintas, assim como exemplo, a habitação não interligava ao meio ambiente.
Nos últimos 20 anos, ao contrário, os estudos tem se direcionado no sentido de melhorar a vida dos cidadãos, dessa forma integrando as várias áreas de pesquisa.
Os grandes problemas hoje da cidade, como falta de planejamento da habitação, da coleta de lixo, da falta de esgoto, fora outros, são resultados dessa desunião, que não via a cidade como um todo, e sim fragmentada, como se a rua não fizesse parte da vida das pessoas, e somente dos carros. Seria um urbanismo, porém sem urbanidade, conforme Jurado Jurado.
Mediante isso, o que se percebe como resultado, e que as novas gerações não reconhecem mais sua cidade, ou seja, nasceram em uma e hoje são totalmente outra, com valores, símbolos, sentidos, muito ao contrário do que era. Não há um diálogo entre a cidade “antiga” e a nova.
Pelo lado físico da cidade é ainda mais visível a diferença, pois o que antes era algo, uma referencia para muitos, hoje é estacionamentos para carros. “A força da grana que ergue e destrói cosas belas”, como nos lembra Caetano Veloso.
Na visão do espaço imaterial, é ainda mais complexo, pois a destruição de lugares, de obras arquitetônicas, cria um sentimento de vazio identitário, o que leva alguns, a uma série crise existencial, pois a pessoa não se reconhece mais, uma vez, como por exemplo, que a igreja X que ela freqüentava há 30 anos foi derrubada por uma enchente, ou por um acionista da Volvo.
O que não podemos esquecer, é que vivemos dentro de uma mesma história, de um mesmo tempo, não estamos num mundo paralelo, (exceto alguns religiosos, como eles mesmos acreditam). Porém olhar a cidade como um todo é extremamente importante e preciso, dando a cada setor a autonomia para inferir mudanças necessárias, no caminho da melhor qualidade de vida para os seus cidadãos.
Lembrando que o todo é a soma das partes.

Abraços

sexta-feira, janeiro 29, 2010

Geografia e as Patologias Geométricas


Dentro da Geografia existe um ramo chamado Ecologia da Paisagem, que estuda o espaço segundo o ordenamento de sua forma e dinâmica ecológica. Sua base epistemológica se remete muito a uma escola alemã a Gestalt que analisa como se dá a percepção desta forma. Sempre orientado por um método de investigação filosófica chamado fenomenologia.
Hoje existem ferramentas de sensoriamento remoto e geoprocessmento que através de sistemas topológicos (pontos, linhas e polígonos) tentam representar a forma da organização espacial com a maior precisão possível, manipulando gigantescos bancos de dados georeferenciados, que ocupam enormes espaço de memória virtual e exigem poderosos processadores.
No entanto, a natureza do espaço é bastante cambiante em sua forma, nem sempre é representada por valores reais e inteiros, de maneira que se formos representá-la em sua variação representaríamos um sistema caótico, já que a nuvem não é esférica, as montanhas não são triângulos e até mesmo a representação hidrográfica não segue uma linearidade, já que a sinuosidade dos rios segue um padrão que por definição também é aleatório.
Um matemático polonês que trabalhou na IBM nos 60, chamado Benoit Mandelbrot, analisando estas formas que outros matemáticos chamavam de patologias geométricas descobriu através de algoritmos que essas formas caóticas representavam certo padrão dentro da aleatoriedade, em outras palavras, as formas ditas “patogênicas” da natureza guardam uma certa organicidade que se reproduz com a redução da escala de observação. A isso ele deu o nome de geometria fractal, derivado do grego fractus – quebra divisão.
Analisando a imagem acima veremos que o contorno do relevo é totalmente aleatório, mas toda vez que é ampliado, ele representa o mesmo padrão de aleatoriedade.
Compreendendo dessa maneira, a dimensão espacial de um fenômeno geográfico em uma dada escala pode ser extrapolado para outra.
Isso se dá devido a duas propriedades do fractal, que são: o escalante e a auto-similaridade, esses dois atributos do fractal é o que faz apresentar feições bem parecidas em diferentes escalas levando a auto-similaridade, onde a ampliação da forma é uma copia exata de seu original, criando um padrão dentro do caos.
Hoje, meteorologistas, geógrafos, físicos e matemáticos, se debruçam em estudos para cada vez mais encontrarem padrões que se reproduzem em sistemas caóticos. No que toca a minha profissão, questões de climatologia são, por definição, imponderáveis e caóticas. Mas este é o afã da ciência, contornar na totalidade a aleatoriedade da natureza. O que espero que jamais aconteça.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

A Urna

Um colega há uns dias contou-me, de passagem, que trabalhava no Cartório Eleitoral em uma comarca do interior. Na época da implantação das urnas eletrônicas, era um dos incumbidos de oferecer treinamento aos eleitores para usar a nova urna. A simulação era simples: em uma sala era montada a cabine e o equipamento instalado. O eleitor era então orientado a escolher em uma lista um dos números existentes, digitá-lo na urna e confirmar o voto. Para maior verossimilhança do sufrágio simulado, cada número correspondia a alguma personalidade: Cora Coralina, Carlos Drumond de Andrade, Monteiro Lobato, consolidando uma verdadeira peneirada na plêiade nacional, e em sua porção talvez mais popular, mais conhecida do grande público. A intenção a mim parece clara: diante do crescente desinteresse geral pela participação nas eleições, motivada em muito pelas conseqüências desastrosas que seus resultados imediatos (os eleitos) genericamente trazem para o bem público, a Técnica dos Tribunais Eleitorais optara pela veia poética, observando o caráter subjetivo pelo qual os poetas e escritores estariam protegidos em caso de julgamento da sua personalidade. O que serviria de motivação, mesmo que ínfima, à participação dos eleitores nos futuros pleitos, já durante os treinamentos. Se a escolha fosse minha, não titubearia: cantores de bolero, só os de talento indiscutível.

E seguia o simulacro em passo tranqüilo, até o momento em que se apresenta para o exercício um ébrio, errante pudim de pinga que precisou tomar várias Providência’s antes de comparecer à obrigação civil. O desafio instalou-se: ao invés de mandar o pé-inchado para casa curar o pileque, a equipe, cônscia da obrigação do serviço público, atende ao cambaleante cidadão, mesmo não sendo clara a sua firmeza quanto ao dever civil (apenas à primeira vista como se percebeu depois). Ao que parece a primeira parte das instruções foram, com apenas pouca dificuldade, captadas pelo cidadão. Aproximou-se da urna. Fixou a vista, um tanto turva, na tela que o funcionário lhe indicava. E depois em uma lista de números que este lhe estendeu. Ao ouvir a explicação de que deveria escolher um dos números, olhou incrédulo para o funcionário, como se este estivesse a tentar ludibriá-lo. O funcionário, vendo a sua expressão de descrédito, explica-lhe novamente: Pode escolher qualquer um, tanto faz, é só um treino. Mais por falta de firmeza do que por convicção no que o rapaz insistia em lhe repetir, resolveu esforçar-se em ler alguma das seqüências de algarismos impressa no papel. Digitou-a no teclado, algarismo por algarismo. Agora aperta o botão verde pra confirmar. O bêbado hesita, olha para a imagem que apareceu na tela, com total estranheza. O que foi? pergunta o funcionário, Quem é esse careca? Carlos Drumond de Andrade, poeta, aperta o verde. De Andrade? Nunca ouvi falar, informa o bêbado com resoluta convicção. É Mesmo? Estranho, bom não importa. Vota no Drumond aí mesmo, tá bom. De jeito nenhum, como vou votar num qualquer aí, e poeta ainda por cima? Tá querendo me levar no bico? Hum!

O rapaz, atônito com a inesperada reação, tenta procurar uma saída, respeitando as diretrizes ao máximo possível, mas tentando não perder muito tempo com o que já parecia estar perdido. Então vota na Cecília Meireles, é esse número aqui, sugeriu com simpatia. Cecília? Também não conheço não, faz o quê? Era escritora também, mas já morreu. Morreu? E então o bêbado olhou para o rapaz (completamente arrependido do que acabara de dizer) expressando toda a sua indignação com o que entendia agora como uma “sem-vergonhice, sete-um, surrupio” e bravejou: Seus pinico-de-santa-casa! Pilantragem! Querem embolsar meu voto né? Decidido, caminhou saindo da sala, cambaleante porém vigoroso, como se a indignação lhe aprumasse o equilíbrio, e da porta ainda virou-se para declarar: Bem que o Brizola tem razão, isso é tudo armação da Globo!

sexta-feira, janeiro 15, 2010

O Haiti é aqui



Lendo o post do comuna Samuel abaixo é impossivél esquecer por segundos que seja a dor, sofrimento e miséria que os haitianos estão passando.
Dizia o popular na rua:
-Deus é brasileiro!! Aqui não tem furacão, maremoto e nem terremoto.
-Graças a Deus!!!
Ficando nessa sexta-feira em casa, assistindo ao JN, presenciei um resgaste feito por um soldado brasileiro a uma enfermeira soterrada a mais de 50 horas. Ela apertava com força a mão do soldado e respondia suas perguntas com calma, Demonstrando como uma brava sua total perspicacia a tudo que aconteceu e uma vontade de viver tirada de não sei onde.

Tudo filmado e documentado por uma vibrante jornalista que naquele momento dignificafa todo e qualquer colega de profissão. Uma pena eu não lembrar seu nome e nem me lembrar da ultima vez que havia visto uma reportagem com os olhos molhados, o respiro embargado e uma estranha vontade de não mexer um dedo sequer do corpo tamanha diferença entre o que via e o que vivo me fazia.
Nunca fui ao Haiti. Tenho alguns conhecidos, a maioria de vista que trabalham lá. Ao que sei todos estão bem.
Lá não tem cachaça e carnaval tão famosos, mas um povo muito carente, com muita fome, miseravél mas com esperança e fé além do esquentar banco de igreja.
Lamenta-se a perda de brasileiros nessa tragédia. Não só de Zilda Arns e seu fantastico trabalho com as crianças , mas também dos bem jovens militares vale-paraibanos que construim casas, cozinhavam, lecionavam e ajudavam a dignificar cada vez mais aquele povo.
É mais um povo que assim como o de São Luiz(seria injusto dizer muito mais) precisa da nossa ajuda.
Qualquer colaboração ou iniciativa de colaboração que venha a ser iniciada pelo blog(seja de leitor, comentarista, colaborador ou o que seja), Peço que seja imediatamente comunicada, pois eu por conta propria irei a São Luiz essa semana entregar pessoalmente e desde ja aceito a colaboração de algum colega para estar lá comigo.
No caso do Haiti vou consultar conhecidos do exército de Caçapava para saber o que e como poderemos enviar pra lá.
Ja que não conseguimos organizar uma festa dos proprios comunas pelo blog, Vamos tentar nos solidarizar com esses irmãos que tiveram sua vida, casa e familia ceifadas pela catastrofe.
Termino dizendo ao popular do começo do texto que acho que Deus existe sim , mas o diabo também. E ele ta dando trabalho.
E lembro as palavras de Gil...
"Pense no Haiti, Reze pelo Haiti"
Foto : Terra

quarta-feira, janeiro 13, 2010

São Luiz do Vale do Paraíba


Foto de piano encontrado em São Luiz do Paraitinga. Por R. Massao

Embora não esteja propriamente na parte do curso do rio que dá nome a nossa região, São Luiz do Paraitinga é área crucial para formação de nosso Paraíba, que é nascido na represa em Paraibuna, formando seu lago pelos rios Paraibuna e Paraitinga. Aos pés da serra do mar da costa verde, São Luiz é lugar de muitas características ambientais, culturais e sociais. Estive por lá diversas vezes e a última delas foi para descer as corredeiras do Paraitinga por 5 horas, em outras ocasiões estive lá para festejos de carnaval, bate caixa e muita alegria, no carnaval mais autêntico de que tenho notícias. Encontrei pessoas e lugares que estão plenamente abalados e arruinados(sic) pelo que ocorreu na virada do ano e sei por quem esteve lá, reportando a realidade, que o que há de mais singular e valoroso em terras de São Luiz é o Luizense! Não a cachaça, que também é boa, mas o caipira, aquelas pessoas que tem orgulho de lá por tudo que a cidade representa. Sei de pessoas que estão e estiveram lá que não há choro e ranger de dentes, lamentações materialistas, somente um sentimento profundo de perda intangível e de reconstrução necessária.
Tenho pensado muito em ir até lá dar uma força, sei lá. Já doamos algumas coisas para os bombeiros levarem. Vale a pena todos fazerem o mesmo.
Esse ano o Juca Teles está em silêncio, ficou complicado por O pé na Roça e de enfrentar o Medo de entrar no Casarão, para que em outros anos o carnaval e outras manifestações voltem com força total e o bloco do Casarão encerre o carnaval com a garra e vontade de pessoas que nunca abandonam São Luiz.

Aos guerreiros Carolina, Portela e Rejão.

Samuel Farias

domingo, janeiro 10, 2010

Minha história sobre o fim e o rock


O fim vem logo antes do começo. Quem descobrir de quem é essa frase ganha um torresmo no Savema.
Apesar disso, todo fim doí. Todo fim, para mim, causa dor, inclusive física. Ando passando por vários fins, mas .. o fim vem logo antes do começo.
É preciso refletir sobre o fim antes de começar para não repetir os mesmos erros e nem os mesmos acertos, senão não é fim, é continuação e quase toda continuação não é boa.
Como sou uma moça do rock, coloquei um rock para escutar ontem a noite e comecei a pensar sobre minha história com o rock. Apesar de ser bombardeada quando pequena por Pink Floyd, Beach Boys, Camisa de Vênus, Beatles, David Bowie, Led, The Police, Supertramp, Ultraje a Rigor pelos meus pais, a minha relação com o rock começou numa tarde de inverno na casa de um amigo meu, em 1994. Estávamos na sala dele, tomando cerveja e falando besteiras e ele colocou um CD do Pixies. Amor a primeira vista.
Peguei o CD empretado e levei para casa, mostrei para minha mãe que foi na loja de cds do shopping Centro e comprou meu primeiro CD do Pixies, Dolittle. Eu já tinha Nirvana, Ramones, mas tudo isso era obrigação ou herança cultural. Minha primeira emergida foi Pixies.
Todo fim me dá a impressão que eu estou respirando pela primeira vez depois de um longo tempo sem ar, sair de dentro da água. Essa analogia vem do fato que eu amo tomar vaca na praia e gosto da sensação de respirar novamente depois da privação de ar dentro da máquina de lavar que é onda.
Depois veio a batelada, sem esquecer dos clássicos. Quase todos comprados pela minha mãe: Pulse do Pink Floyd, todos do os outros do Pixies, Faith No More, Bad Religion, Pearl Jam, Beastie Boys, Blur, Weezer, New Order, Iggy Pop, No Dout, Elvis Costelo, Placebo, Chico Science, The Cure, Green Day, Sex Pistols, Garotos Podres, Inocentes, Replicantes, RAIMUNDOS...
Daí veio a internet com Strokes, Yeah Yeah Yeahs, Artic Monkeys, The Ponys, Interpol, Wolfmother, Bloc Party, Franz Ferdinand ...
No meu carro agora tem mp3 e fico até perdida com o que vou escutar, vou do passado perdido e morto para o presente indiepoprockundergroundmainstream apesar que faz uns três meses que Beastie Boys acústico até saí, mas parece que volta sozinho para dento do som.
Mas a questão é, no ano que eu descobri do que eu gostava e era Pixies, o Pixies acabou. O fim vem logo antes do começo. O fim deles foi o meu começo.
O fim de ontem foi meu começo de hoje e confesso que saber isso me ajudou a abrir os olhos e não me lamentar e sim ir atrás da ponta do nó.
Sobre meu amigo, o dono do CD, é meu amigo até hoje, não só ele, como todos que estavam naquela sala. E temos histórias... um dia conto aqui.

Recomendações para escutar lendo esse texto: New Order, 60 miles an hour; Raimundos, Oliver's Army; The Ponys, She's Broken; Pixies, Where is my Mind; The Cure, In Between Days; Supertramp, Dreamer; Sex Pistols, Who Killed Bambi.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

Resposta aberta ao Sr. SM sobre o post democracia

Caro SM, concordo contigo em partes. mas devo fazer algumas considerações:

Marilena Chauí está errada em dizer que o mensalão nunca existiu. Existiu sim, e bem antes do Lula, inclusive durante o pedrtío do FHC, que teve o como caso mais notório a compra de votos dos deputados federais para se aprovar a emenda da reeleição.

Não é privilégio do atual governo a corrupção.

Se Lula é o fundador do Brasil que é bom eu não sei. Mas me lembro muito bem que o principal argumento dos críticos era que o Brasil só estava crescendo economicamente por que pegava carona na bonança da economia global, a economia global entrou em crise foi a bancarrota no ultimo ano, e o Brasil realmente só pegou uma pequena marola.

Os fundamentos macro econômicos de nossa economia são realmente sólidos, e não por que o país pegava carona na economia global, muito pelo contrário. Hoje o país pagou sua divida com FMI aponto de até virar credor do banco, em termos relativos temos o menor índice de desmprego, temos a maior reserva cambial da história, também temos dentro de uma série histórica a menor taxa de juros, o maior superávito em balança comercial, o menor custo brasil, a melhor avaliação internacional que recomenda investimento no país, o maior montande destinado a infraestrutura que o país jamais viu, aumento do consumo interno sem aumento da inflação, aumento do numero das linhas de crédito, ascensão de classes sociais. E na Folha de São Paulo de ontem tive a opornudade de ler a reprotagem que o Brasil se encontra entre os maiores consumidores de carro entre os emergentes.

Isso é que mais irrita os críticos, a falta de argumento pra falar do governo Lula.

Que este governo tem defeitos isso tem mesmo, a corrupção é um deles.

Mas falar que O Lula é ditador, imperador, sei lá... Poderia ter algo mais inteligente pra se criticar do governo Lula.

Eu só quero ver o que a oposição vai ter como mote nas eleições deste ano. Meter o pau na economia, no programa de transferência de renda, na copa, no trem bala, ou mesmo na Petrobras (pré sal,) ,pode ser um tiro pela culatra para oposição.

Como foi o que exatamente ocorreu nas ultimas eleições.

Curriculum

A simplicidade humana realmente me cativa e me enoja.
Não consigo dar crédito para pessoas que falam errado, um probrema, sabe?
Mas quando eu solto um pranta tudo bem.
Toda vez que alguém caí, não consigo ajudar, começo a rir de chorar. Quem odiou isso foi minha amiga que ao atravessar a rua, caiu na frente do ônibus, a marmita dela levantou voo e eu só consegui ficar paralisada, rindo.
Para compensar, vivo caindo. Outro dia, estava rindo da desgraça alheia com a mesma amiga que caiu no ponto e ao entrar no carro, puff, caí feio.
Entro errado em portas, não consigo firmar o pé em escada rolante, mas nunca derrubei um copo cheio. Vazio vários. Tenho roxos inexplicáveis pelo corpo e vivo a base de cataflan gel e dorflex.
Quando conto histórias aumento, para dar ênfase ao que quero mostrar. Daí vem a colocação do meu amigo Massao: existem três verdades, a sua, a minha e A verdade. É Massao, você sempre está certo, mesmo quando esta errado.
Sou honesta com minhas amigas quando o assunto é vestimenta. Principalmete se o vestido parece um merengue.
Sou safa em papo aranha, mas adoro uma cantada barata, 'seu perfume é o melhor da noite' e 'seu nome é google?'.
Parei de beber e descobri um mundo novo, onde as pessoas falam mais alto que eu.
Sempre penso duas vezes antes de falar, mas acabo falando besteira.
Travo ao falar em público. Mas falo muito quando tenho que calar a boca.
Odeio reuniões sérias, adoro papo informal.
Em velório tenho vontade de rir e em casamentos choro.
Consigo conversar por horas sobre assuntos nerds, para isso recomendo o site Jovem Nerd. Star Wars para mim só os três últimos que foram lançados primeiro e Senhor dos Anéis é um clássico. Chorei porque meus amigos foram embora no final desse livro e no Cem Anos de Solidão e As Cronicas de Arthur.
Sempre penso em alguma frase dos Simpsons para cada momento da minha vida ou em alguma crônica do Luis Fernando Veríssimo.
Tudo isso para tentar me desculpar, porque adoro reality shows e sim, já comprei o pay per view do BBB 10.
Se quiserem me explusar daqui fazer o que? Abrirei meu blog e viverei. A vida sempre continua.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

A democracia

Podemos gostar ou não, mas Lula lida muito bem com o poder e com a democracia. Não podemos nos iludir que ele consolidou aquilo que Fernando Henrique iniciou, aqui não no sentido de ser melhor ou pior , mas de conquistar uma maioria.
Se compararmos o que vivemos durante o regime militar e se pensarmos que saímos dele a tão pouco tempo, é inegável que vamos bem.
Fato é que a democracia vai amadurecendo e parece que estamos neste caminho . Precisamos criar meios de aumentar a participação popular nas decisões e isto é papel fundamental dos meios de comunicação em geral, além dos educadores que ajudam a construir um país e aqui de fato temos um grande desafio.
A população em geral ainda está distante do necessário para o fortalecimento da democracia, mas fato é, que seu lugar é o espaço vazio como nos diz a filosofa Marilena Chaui e podemos ter avanços e retrocessos , mas o povo deve ser aquele que escolherá através de debates o sujeito que deverá governar o país, o estado e a prefeitura e qualquer coisa que tenha um lider a ser escolhido.
O socialismo está ultrapassado e particularmente não acredito em nem um tipo. O que precisamos é fortalecer os meios de participação e cobrança de todos lideres em todos os âmbitos e defender que a imprensa tenha um papel de abertura a discussão em jornais de opiniões diferentes e em âmbito nacional e mundial. Isto não é utopia , e sim, processo de construção.
Sendo cidadão do mundo, aqui tomando a visão de Chaplin, é inaceitável países onde se governa a poder de ferro e deve-se sim meter o bedelho quando mulheres sofrem maus tratos, temos castas que divide sociedades e não é possível ao menos levar à uma discussão.
Desta forma, apesar dos pesares, creio que o Brasil está no caminho certo e precisa aprofundar na questão da valorizão e treinamento dos educadores e abertura dos meios de comunicação para que realmente possamos aprofundar a democracia.
O grande erro foi acreditar que saindo do capitalismo o proletariado num surto ganharia ares de não alienação, mas o povo como um todo que participou da revolução era alheio ao que iria acontecer , isto é, a ditadura do proletariado virou o direito de uma minoria que detestava a participação popular.

PIK

sexta-feira, janeiro 01, 2010

O costume do cachimbo, é que deixa a boca torta



Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis? eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.

Isaías 43:18 - 19


SAÚDE, PAZ E EQUILÍBRIO


Que venha 2010!