terça-feira, julho 31, 2007

IGNORÂNCIA

A ignorância está no ser
assim como a humildade está para a vaidade do ser.
A vida nos submete a situações que refletem o
verdadeiro ser que somos e não aquele que
queremos ser.
Impregnados de crueldade tomamos atitudes
em nome do melhor.
Somos ignorantes desde que éramos um estúpido
espermatozóide correndo por uma vaga à luz;
caso não fôssemos não estaríamos nos
humilhando nessa estufa maldita.

A visão filosofica das olimpíadas


Diz-se que na Grécia antiga havia três classes nos esportes:

Os competidores que mostrava as forças que uma localização;
Os torcedores que caçoavam uns dos outros como é comum em nossa sociedade;E os filósofos que faziam suas observações.
Confesso que como brasileiro tento assumir as três posturas ao mesmo tempo.
Um futebolizinho as terças, o torcer para timão , realmente somos sofredores, de um time que viu sua massa de torcedores crescer durante vinte e cinco anos e também um filósofo mediocre, aquele que está abaixo da média e por isso vejo como de um monte e observo o esporte, especificamente o futebol.
Assim consigo ver beleza em muitos jogadas, sem fazer como algumas pessoas que não consegue ver futebol sem olhar somente para seu time que aliás nos leva a "europeização" do futebol brasileiro .
Vamos tentar usar o blog para estudar e falar um pouco do Ademir da Guia , do Pelé , de Sócrates, de Zico, de Tostão , Diamante Negro, da malandragem do Serginho e outros e parar com a parafernália de elevar um time que só está onde está por questões financeiras.
Estamos no fim do futebol, isso se mostra no estado que está o Flamengo, Bahia, Corinthians, particularmente meu time de coração, e tantos outros.
Caso contrário é melhor parar de fazermos convites para as pessoas lerem lixos que tantos orgãos de impressa já publicam.

Sem mais.

Andarilho e sua sombra.

domingo, julho 29, 2007

DE SEGUNDA-FEIRA A DOMINGO FEIRA-LIVRE

Postei aqui um texto de um grande amigo, para que a gente saia um pouco dessa de FOTOLOG (Nilson Ares).
Observando a dinâmica social e sua relação,considerando a interação e o trânsito intenso de pessoas e veículos sentido bairro centro e centro bairro,percebe-se neste movimento um efeito articulado sincrônico, em períodos “horários” programados do dia ,durante a semana de segunda a sexta, mudando sua dinâmica no final de semana , sábado e domingo.
Durante a semana, logo pela manhã antes das 8:00 hs, a frota de carros e a locomoção de pessoas se intensifica pelas ruas sentido bairro centro, se dirigindo para um mesmo fim, o trabalho, esse movimento se estende por mais de 1 hora, chamado hora do rush.
Chegando o meio do dia, a circulação de pessoas pelas ruas dos centros urbanos e sub centros aumenta significativamente, pois é parado parcialmente suas atividades, é chegada a hora do almoço.
No final da tarde o trânsito gradativamente vai se intensificando no sentido inverso do da manhã (hora do rush parte 2) após ás 18:00 hs, com o cair da noite, acontece o fluxo da volta do trabalho e o refluxo simultâneo em direção as escolas e universidades, depois de algumas horas da noite , na volta, o movimento é aos poucos, sendo mais calmo.
A programação continua! Agora estática, dormindo! No espaço deserto das ruas e centros urbanos se ouve o silêncio, um andarilho ali, um mendigo aqui, uma profissional do sexo acolá, os dias se repetem de segunda a sexta, neste vai e vem orquestral, de forma ordenada e caótica.
É chegado o tão esperado final de semana onde a interação social se torna mais lúdica, o individuo sendo programado durante a semana, fica difícil de ocupar o tempo ocioso “precioso” com atividades que não fazem parte do fisiologismo, permanecendo no enquadramento programado, o sujeito se torna um agente social ativo - condicionado.
A identidade do sábado é difundida em várias atividades, sendo uma delas a mesma da semana.
Já no domingo pela manhã nos bairros, o dia começa com as feiras de frutas, verduras, legumes e uma infinidade de bugigangas quase sempre úteis, normalmente as feiras de domingo vão até ás 13:00 hs ,logo depois o movimento cai bruscamente nas ruas, a população se recolhe,é hora do descanso da tarde de domingo,a partir das 18:00 hs, nota-se um movimento intenso de evangélicos e católicos nas ruas se dirigindo as igrejas, e com a chegada da noite, exatamente ás 20:00 hs, é encerrada santa missa , os católicos retornam a suas casas, e logo depois das 21:00 hs, paulatinamente, é a vez dos evangélicos com o término do culto.
No dia seguinte, tudo começa novamente, e nesse ir e vir sistêmico e frenético, a população se movimenta em grandes blocos, e instalam-se em espaços propícios a suas atividades, se transformando em uma sociedade programada, numa cidade sincronizada.
Fabiano Baldi

quarta-feira, julho 25, 2007

Meu Ralo! Meu Reino?

Há algum tempo venho analisando a trajetória do odor na história do homem.
Ao assistir PERFUME, alguns meses atrás consegui me transportar para a Europa (França) no século XVIII, e ter contato com aquelas ruas emboloradas, as feiras populares e o cheiro repulsivo das pessoas daquele período. Nunca estive na Europa, mas através das leituras que faço sobre a história da vida privada do homem e seus costumes, pude observar que sempre houve um fascínio dos homens pelos odores.
Em um livro sobre saúde pública na América Latina, que agora não me vem o nome, pude ler que os antigos Portenhos, tinham o hábito de acharem o cheiro dos mictórios públicos atraentes, e que o cheiro de bosta de cavalo é sinal de vida saudável.
Também nesse período, andei dando mais atenção aos odores, e descobri que um dos odores naturais que mais me agrada é o de terra molhada após meses de estiagem.
Nesse domingo passado assisti o Cheiro do Ralo ( belíssimo filme), e novamente a questão veio à tona. Somos responsável pelos dos maus cheiros da vida? Todo oleosidade da sua cabeça após alguns meses sem lavar seu travesseiro, te fascina? seus gases você tolera?
Segundo pesquisas o cheiro da bosta é o que o homem (dentre os cheiros desagradáveis) mais consegue aturar, pois quando criança as fraudas por algum tempo ficam entopidas de merdas, portanto há uma familiaridade com o cheiro.
e agora?
O cheiro do ralo é realmente o cheiro que quem o usa? ou tudo não passa de asneiras, tolices?
abraços
Rei da Vela

domingo, julho 22, 2007

Neologismo

Há uma amigo nosso nesse blog que além de ser fã de carteirinha do Chico Buarque deu agora para copiá-lo nos neologismo, o unico problema é que enquanto o cantor cria os seus neologismos factíveis de ser interpretado ele vêm com uma pérolas insuperáveis e insuportáveis e que faz do tranqueira um figura.
Uma outra mania foi transformar o blog num fotolog, mas como não podemos caçá-lo, deixa para ver o que dará.

boa semana a todos.

Tito , O Frei.

sexta-feira, julho 20, 2007

Online

A vida nada vale
A vida nada vale
Perdi o meu amor
Não estava mais online.

A vida nada vale
A vida nada vale
Ela me deletou
Fiquei tão offline...

Era tanto download
Amor baixando amor,
Que pensei que era real
Esse lance virtual que rolou...

Não sei por que travou
Nossa conexão?
A coisa estava séria
A banda era larga
Nada de acesso discado, não...

A gente se falava
E se amava via bits
Tantas palavras trocadas
Tantos hiperlinks...

Agora ela se foi
Do Orkut se mandou,
Msn não atende
E-mail não responde...

Na solidão me enclausurou
Me excluiu de sua vida
Na lixeira fui parar.
Bate-papo nunca mais...

Acho que vou desconectar.

Nilson Ares, 20/07/07

quarta-feira, julho 18, 2007

qual vôo mesmo?

No final do ano passado estive em Recife, e voei num desses aviões que faz várias escalas. O Vôo é noturno pois é mais barato. Graças à Deus tive uma viagem tranquila, porém tive a impressão de estar em um ônibus da São Bento que para ir ao novo Horizonte, passa por vários , bairros, entre eles, Jd Paulista, V. Industrial, Motoroma, ... , pois de Guarulhos ao Recife, há várias escalas.
Pois bem, outra vez São Paulo é palco de um desastre. Já não basta a criminalidade, o trânsito rodoviário, a poluição em todos os sentidos, falta de estradas, mais uma vez mais pessoas simplismente viraram cinzas.
Não quero ser aqui um comentárista ridículo, que tenta passar seu sofrimento em cadeia nacional, e que na próxima notícia mostra alguma cena do cotidiano parar aliviar a dor, ou mesmo para desviar à atenção da massa.
Por uma visão econômica e de segurança pública e aérea, se a classe média e baixa tiver acesso ao transporte aéreo, o que será do céu de nosso pais?
Não quero defender o discurso que só uma elite deve voar. Mas em um país que se preocupa mais com a confortabilidade do aeroporto ( terminal, cadeiras, ...) do que com a infra-estrutura necessária, é um país que não tem o mínimo de consideração pelo próximo.
Meu Deus , onde é que vai parar essa massa.
abraços
Rei da Vela

sexta-feira, julho 13, 2007

Há exatamente uma semana estava eu conversando com o Frei Farias, no Revelando São Paulo. E naturalmente veio a baila o mote já utilizado por ele na sua ultima postagem deste blog, o seu poema sobre o vale, que era a questão regional.
Comentamos que esa questão também foi um mote num debate na FLIP em Paraty. Porém existe algumas informações que deveria chamar a atenção de mais pessoas realmente preocupadas não só com a cultura mas também com todo o espaço regional a começar por sua constituição física.
Contrariamente o que deva pensar o senso comum a respeito do que se convecionou chamar de globalização, o espaço regional tende a se afirmar frente a pasteurização do capital global.
A formação do espaço regional é um fenômeno material, histórico e organizado numa conjuntura dialética, como bem teorizou o grande Milton Santos.
A referência que se faz em questão, se dá pelo fato de considerar que, para o homem obter seu sustento, interfere na natureza e a transforma através de seu trabalho, Este trabalho é uma realidade social e histórica, pois ele recria o meio e a sua cultura através da evolução de sua técnica. Todavia, sendo o espaço uma entidade que sofre influência da conjuntura social e histórica e econômica e relacionando o âmbito regional e global, convém afirmar que para cada formação histórica e econômica existe uma formação espacial distinta que a corresponde.
E levendo-se em conta essa premissa, colocamos o espaço regional com suas particularidades naturais e culturais como um vetor de igual intensidade mas de sentido contrario ao vetor da globalização.
Tomamos como exemplo, a inssureição de minorias etnicas, culturais, sexuais, políticas e regionais no mundo inteiro. Indios colombianos, bolivianos, equatorianos, minorias etnicas européias principalmente do leste. A valorização do que se convencionou chamar de World Music, sons da ìndia, Africa, America do Sul.
Na ultima década viu também a valorização do conhecimento tradicional, dito vulgar não acadêmico de populações tradicionais e no mais das vezes de organização tribal, como acontece com os indios da sulamericanos. Conhecimentos que têm uma marcação regional bastante profunda.
A Eco 92 foi prova disso, Com o tratado de Biodiversidade, que os EUA, também não assnaram. Com esse tratado obriga-se qualquer industria, instituto de pesquisas internacional pagar uma taxa de bio prospeção para qualquer estudo de princípio ativo na região, no caso do Brasil amazônica. E se essa região estiver dentro de alguma comunidade tradicioanal ou indigina essa industria de pesquisa terá que pagar Royalties para a comunidade que detem a informação básica necessária para se chegar a sintetização de tal princípio ativo.
Isso sim é uma prova de como o regional sua cultura e conhecimento, tem um peso global e chega até incomodar grandes potencias.
Sobretudo, quando se trata de tipos de conhecimento, que o racionalismo e cientificismos organizado emsua metodologia menosprezou e criticou durante toda histótia da ciencia.
No ano passado tive a oportunidade de fazer um curso no INPE em cachoeira paulista, e na área em estive o principal trabalho era adaptar um super computador comprado do Japão, eles tentava criar um modelo numerico que correspondesse aos paâmetros físicos e ambientais do Brasil, como vegetação, pressaõ atmosférica e relevo, na realidade eles queriam trpicalizar o sistema do computador
Pra se ver que o regional precisa até de modelos numéricos próprios.

São Brandão e a Ilha misteriosa

A Ilha do Brasil

Na minha última leitura sobre a Invasão do “nosso” Pindorama, houve algumas observações.
O Nome Brasil originou-se de um Monge Irlandês, chamado São Brandão, que partiu da Irlanda para o alto-mar no ano de 565, e que em seus relatos evidenciava a existência de uma Ilha grande “movediça”, que perambulava pelo mundo (o que explica o fato de sua localização variar tanto de mapa para mapa na idade média).
Sabemos que o misticismo, o medo do fim do mundo, a peste, as terras imaginárias, os homens de um pé só, dragões, satanás, abismos,... Essas crenças todas permeavam a mente do homem medieval. E que fazia dos habitantes da idade média seres que possuíam inúmeras crenças, como em uma terra prometida com o intuito de aliar todos os pecados do mundo (como existe até hoje) e que se dedicavam às peregrinações, rezas, abstinências, sacrifícios, entre outras coisas.
Quando a frota Cabralina chegou aos pés do rio Caí em Porto Seguro, na manhã de 23 de abril de 1500 (no 2º ancoradouro), ali pensavam alguns navegantes a bordo terem encontrado uma grande ilha, a mesma que São Brandão falava e que era tão falava nos círculos dos homens do mar, nas tabernas, nas cortes, nos pensamentos místicos.
Portanto o nome “Brazil” provém do celta Bress, que deu origem ao verbo inglês to Bless (abençoar) e que Hy Brazil, portanto, significa “Terra abençoada”.


Se por ventura vocês encontrarem essa história no livro Jangada de Pedra e o conto da Ilha Desconhecida ambos de José Saramago, não é mera coincidência, é História mesmo.





Abraços


Rei da Vela


Fonte : Eduardo Bueno. A Viagem do Descobrimento. coleção Terra Brasilis. vol.I 1998 RJ

quinta-feira, julho 12, 2007

Excesso de Decoro Mata Pés Sujos

O Caderudo fechou. Aquele outro na esquina da 23 de maio lá na Vila Maria, após 60 gloriosos e gozosos anos, também sucumbiu ao falso excesso de decoro que a nossa urbi, causada pela especulação imobiliária, foi acometida na ultima década. E ontem numa conversa franca com o Frei Calvão, recebi a noticia que o Universo Paralelo, um boteco perto do viaduto, já há uns dias não abre mais. Este excesso de decoro josense se bateu com uma peste entre os Pés Sujos de nossa comunidade.
Foi no Universo Paralelo, que o Marião foi visto antes do recesso.
Nove da noite encostou-se no seu canto cativo, chamou uma jurubeba com uma rasinha de Amélia que matou no primeiro corte, depois um rabo de galo, pra acompanhar uma cervejinha. A cada dose parecia que Marião procurava, à princípio, a incoerência, como se Marião buscasse intencionalmente a recusa por qualquer sentido. Mas uma após outra, após a primeira garrafa, ele e seus companheiros criavam naquele portal um ambiente de símbolos avolumados de significados, que dicionário nenhum os comportaria. E que seria impossível reconverte-los e utiliza-los em uma outra história que não fosse aquela, a ressurreição da filha do Candinho da Platinela.
Que logo após a morte da filha, pasmem e acreditem se quiserem, o cabra nem teve tempo de ver a ressurreição da menina. Que foi lindo! Pois havia organizado uma pescaria com a turma do bar, mas fugira com o dinheiro.
Mas voltando ao caso da ressurreição, contam, que a menina surgiu em manto branco e azul celeste, igual o da Virgem Maria, com uma luz leve e difusa numa nuvem clara de fumaça que cheirava a jasmim, e foi subindo ao céu para junto de deus Pai, deixando só a sua fragrância naquela noite.
O pessoal conta que a filha voltou só para encontrar o safado do pai, que era um panderista de primeira, mas caloteiro que só ele. Existe até hoje, uma reclamação por escrita na lousa do bilhar do bar a respeito do calote do Candinho da Platinela.
Mas Marião sabia que não era bem isso. O motivo da volta era os encontros que tinham as quintas-feiras a noite no sopé do morro do beco da Paz, a menina aparecia num véu que refratava a luz das estrelas, numa beleza translúcida, transparente. Tinha os lábios lívidos e a pele branca e gélida como a lua, linda...linda! O que fazia Marião passar o reto da semana impaciente na espera do próximo encontro.
Apaixonado, Marião estava perdidamente apixonado!
Absorto que estava, Marião foi ter uma parte com o padre da paróquia. Este por sua vez, disse à Marião, que paroquiano dele que se presta, não se daria a tipos de encosto, bruxaria e coisa feita. Porque, crendice popular não deve fazer parte da vida de um cristão. Chegando a perguntar literalmente à ele se ainda era cristão. Marião respondeu que até certo tempo atrás não o era, mas que depois, começou por livre espontânea vontade a ser; porque se assim não fosse não saberia pecar.
O fato de ter se tornado cristão só pra poder pecar, era a sua teologia, gostava de dizer que a fé absoluta e a incredulidade total nos levam para fora do fantástico, a hesitação entre eles é que dá vida! O fantástico ocorre na incerteza do que é ou parece ser. E Marião experimentado que era nas leis naturais do mundo deparava-se com acontecimentos que não trazem a certeza de serem parte ou não de seu mundo familiar. Isso por que ele só conhecia as leis de uma realidade mandatória, ordinária que vez ou outra tinha uma acareação com o sobrenatural.
E essa hesitação de realidades experimentada por Marião, e que seus companheiros ainda não a tinham, entre o natural e sobrenatural, que é o que dá a vida segundo ele próprio, era o que também fazia Marião ir em frente com seu amor pela filha defunta do amigo Candinho. Aquela que ressuscitou para amá-lo, naturalmente, de corpo e alma.
Desde que o Universo Paralelo entrou em recesso Marião nunca mais foi visto.

PS. Este texto foi escrito de traz para frente.

MEU VALE MEU VELHO


É MEU VELHO
MEU VALE TÁ MODERNO
CARRO DE BOI EMPLACADO
E AS DÍVIDA COM OS HOMI DE TERNO

MEU VALE MEU VELHO
ESTRONDO DE PAISAGEM NATURAL
TINHA PURI, TUPINAMBÁ E TAMOIO
E BANDEIRANTE FIRMÔ CORPO NESSAS TERRA.
FOI DE AÇUCAR E BOA CACHAÇA
DO PARAÍBA ÁGUA BROTAVA SANTA
NA TRILHA DO OURO FOI DE TROPA, DE VIOLEIRO
TAMBÉM JÁ FOI DE CAFÉ, JÁ FOI TECELÃO
E DE TRILHO DO TREM QUE VEZ PASSA,
MAS MEU VELHO ESSE VALE, HOJÉ DE AVIÃO

MEU VALE ESSE VELHO
É DO CÉU E DO ESPAÇO
COSMOPOLITA COM HORIZONTE
É DE MÁQUINA MAIS DO QUE GENTE
TANTAS RUA E MUITA PRESSA
E VIA CORTANO OS MONTE

VALE A PENA MEU VELHO, VALE,
FICÁ CORRENDO ATRÁS DO TEMPO
QUE ESCAPA ENTRE OS DEDO
E COME A VIDA DOS VELHO
QUE VIÇO INDA PRESENTA,
IMBORA ROSTO DE MOÇO TÁ CHEIO
DAS MARCA QUE CHEGA COM O VENTO

AH MEU VELHO
NUM SEI SE VALE
SOMO FEITO DE RIO, DE VÁRZEA, DOS CAMPOS,
BAÚ DE PEDRA, SERRA QUE CHORA,
UMA CAMINHA PRO ALTO
E A DO MAR QUE FINDA NA BELEZA DE NOSSAS PRAIA
QUE TEM TARTARUGA, NO MATO TEM MURIQUI.
É BACIA DO RIO QUE NÓIS CARREGA NO NOME.

MEU VALE QUERO VELHO.
MEU FILHO É DO VALE
VELHO DE MEU PAI QUE LUTOU
MEU VELHO, NUM VALE
SER DE PONTA SEM TRADIÇÃO
A GENTE FICA VAZIO
INVADE UM PERTO NO PEITO
DE QUEM É CAIPIRA DE CORAÇÃO.

Samuel Farias
12, Jul, 2007






quarta-feira, julho 11, 2007

Escreveu por mim

"Uma classe média insegura é o reservatório em que os fascismos sempre procuraram seus canalhas." Contardo Calligaris

leia a íntegra do texto publicado na Folha aqui
(não conheço o blog)

sexta-feira, julho 06, 2007

Uma resposta ao caro Frei Calvão




Há 40 anos o mundo parava. Era lançado “Sargent Pepper`s Lonely Hearts Club Band, o disco-conceito do Beatles. Hoje, o mundo pára de novo. Para olhar e reparar que se passaram quatro décadas e que o disco continua atualíssimo em seu conjunto – letras e melodias. Não é raro ouvirmos alguém tocando ou assoviando “Lucy in the Sky with Diamond” por aí. Lançado em 1º de junho de 1967 na Inglaterra e no dia seguinte nos Estados Unidos, “Sargent Pepper´s” foi o divisor de águas na música pop, deixando à amostra do mundo o movimento de contracultura, que seria, meses depois, levado às ruas pelos hippies na América, experiências com drogas sintéticas, como LSD, e também norteando os estudantes que se rebelaram em maio de 68 na França.

Apontado pela crítica como o melhor disco dos Beatles, “Sargent Pepper´s foi inovador em vários aspectos. Um deles foi o fato de se, pela primeira vez, fazer um disco em que as faixas se relacionavam, para compor um tema: uma banda que existia para alegrar o seu mundo. Também mostrou o “casamento” de instrumentos usados freqüentemente no rock, como guitarras e baixo, com outros de origem oriental, como no caso da cítara, e alguns utilizados em orquestras. Tudo montado, a dedo, por George Martin, produtor do grupo. Os Beatles ficaram de dezembro de 1966 a abril de 67 gravando as canções. Durante este período, de acordo com estudiosos da música do grupo, tiveram contato maior com a cultura oriental, levados por George Harrison, que já “namorava” com estes conceitos. Outro cuidado do disco foi com a capa, montada com flores e mostrando dezenas de personagens, com os Beatles no meio deles. Foi com “Sargent Pepper´s que o grupo de Liverpool também se mostrou ao mundo, pela última vez, como uma banda mesmo – nos discos seguintes foram poucas as faixas em que os quatro rapazes tocaram, efetivamente, juntos. Outra herança do disco para a cultura pop foi o videoclipe. Foram faixas como “Strawberry Fields Forever” e “A Day in the Life” que tiveram imagens acopladas a elas, originando videoclipes. Por estas e muitas outras razões, que se fossem ser listadas deixariam o texto longo demais, é que se comemora os 40 anos do lançamento de “Sargent Pepper´s








Tito, O Frei.


quinta-feira, julho 05, 2007

Beatles


Está semana um amigo emprestou-me uma coletânea dos beatles que levou a minha infância, não que seja tão velho assim, afinal quando os Beatles se separaram eu ainda não havia nascido. Entretanto, meus primos tinham vários discos dos Beatles e ficávamos ouvindo por horas .
Hoje ouvindo percebo que os caras eram realmente muito bons, não consigo achar nada de imprestável. Conversando com este amigo meu, ele falou-me algo em que concordei plenamente. Às vezes ouvimos um disco e não gostamos de todas as músicas, isso não ocorre quando ouvimos Beatles, mesmo quando escutamos as primeiras coisas.
Os caras começaram timidamente, de forma comportada,entretanto, não ficaram só nisso. Foram a India e implantaram a musicalidade da cítaras as suas músicas. Renovaram com Revolver, um Lp marco da época, sem falar do magnífico e pra mim o melhor disco de todos os tempos, em se tratando de música estrangeira "Sgt Peppers Lonety Hearts", que revolucionou pela inclusão de sons das mais variadas formas, que acabou por influenciar várias capas de discos , além é claro da musicalidade.
Para quem foi um beatlemaníaco como eu , apesar de poucos saberem disso, sabe do que estou falando, ouvi os caras nos anos 80 , dez anos após o desmanchar daquele que foi o maior grupo de todos os tempos.
Indico 03 discos que são fundamentais escutarem , o já citado "Sgt Peppers Lonety Hearts", " Revolver", "The Beatles - Magical Mistery Tour", que inclusive tenho em casa com 30 folhas e me custou muita grana na época, que são temas feito para o filme de mesmo título que eles participaram.

Fui

Tito, o Frei

terça-feira, julho 03, 2007

Curta os curtas que hão de vir

Meus caros,

veja o mirante no youtube. Agora quem tiver vídeo e quiser colocá-lo basta enviar-me que colocarei lá. Há uma conta do comunapiraquara

Abraços,

Piquitito.

domingo, julho 01, 2007

História de hoje: "No escuro prometia-se o mundo".


Levantou-se preocupado, pouco depois de ter transado. Foi à cozinha, nu, abriu a geladeira e esvaziou em segundos a garrafa cheia de água mais próxima.
Precisava se livrar daquele pensamento, já que de súbito, tinha vontade de ir embora e isso o incomodava bastante, e não havia qualquer possibilidade.
A moça não merecia aquilo... Ela fazia tão caprichosamente o seu papel. Sem contar que ele não dispunha de um veículo para sair à surdina.
Mas era isso, definitivamente. Era bom enquanto durava. Infinitamente delicioso enquanto ele se entregava. Ocasião em que prometia amor eterno. No escuro tudo era permitido e possível... No escuro prometia-se o mundo.
Tentou voltar para a cama, mas o odor de vinho azedo que exalava da respiração ofegante de sua parceira o fez mudar de idéia instantaneamente. Não era o momento oportuno para se acender um cigarro (perto das três da manhã), mas era o que lhe restava: a insônia, a vontade de fumar e o maior desejo de sumir.
Deitou-se no sofá, acendeu o último cigarro do maço já meio amassado, ligou novamente o som num volume bem baixo, substituindo o Djavan das preliminares, por um Chet Baker prazerosamente melancólico e frio, deixando seus pensamentos voarem sem direção.
Não queria mais ficar sentindo isso. Sua namorada nunca percebeu. A verdade é que ela não tinha sensibilidade para tal. Seu negócio era ver o circo pegar fogo, virar para o canto e deixar o “palhaço” chorando no meio do incêndio.
Era como se sentia agora, no embalo de uma melodia cujo trompete desenhava no ar e a espalhava pelo escuro da sala, imersa num silêncio que o som do instrumento não chegava a incomodar.
Tentou recapitular tudo. Quando chegaram “chapados” em casa, ela de vinho e ele de fumo, foram tirando a roupa se beijando, se lambendo e se mordendo como dois animais e como dois animais se penetrando de várias formas, vários ângulos, os quais apenas um velho espelho testemunhava, fazendo a sua mente se lembrar com mais precisão dos reflexos do objeto, que do próprio ato em si, acontecido.
Descobriu-se apaixonado pelo “vão das pernas” dela. De onde despertava sempre um tufão, do qual estava temporariamente saturado. Mas que poderia sentir falta num futuro próximo. Era uma condição cômoda, pois tudo era permitido. Tudo o que se propunha era aceito de forma submissa; reconheceu-se também um louco por sexo. Como faria para substituí-la na cama, pois facilmente o faria em outras qualidades que esperava de uma mulher.
Ela não compartilhava com a sua música, sua filosofia, seus sonhos e enfim com a sua vida. Nem mesmo uma idéia para um fim de semana qualquer ela sugeria. Tudo partia de sua sugestão: as festas, os bares e os amigos que visitava.
Nada vinha dela, a não ser o sexo, absolutamente passivo e sem fronteiras, porém, um “dote” precioso que não encontraria facilmente em outra amante.
Sentia nisso uma lacuna enorme, pois, um dia ele pegaria suas coisas e iria embora – um peso a menos. Tentaria outra história que fosse mais a sua “cara”.
E viu que por enquanto, ficar sozinho não era bom negócio. Foi pensando nisso e tanto que, adormeceu sem notar o cigarro acabando e a brasa consumindo o filtro, no mesmo instante que o disco ia acabando, talvez na penúltima música, ainda mergulhado nos solos tresloucados do trompetista cool.
De longe, já em seus sonhos, sentiu um cheiro forte de vinho vindo, aquele mesmo cheiro “passado” de novo, só que agora muito próximo, bem molhado e quente em sua boca:

- Vem dormir na cama...
Nilson Ares, 1º de julho de 2007

São Franscisco Xavier - São José dos Campos




Uma boa opção para sair fora do barulho joseense , dar um pulinho no mirante, caminho que " Faz Monte Verde", como está escrito na placa. A imagem é deslumbrante, ainda se conseguir pegar um tempo aberto. Estive lá novamente este fim de semana, eu e o Cauê e foi muito bom.
Algumas fotos para recordar . De um duplo click para aumentá-la.

Piquitito