terça-feira, junho 26, 2007

Eu não sou cachaorro não!

Ao ler a matéria de nosso irmão- mor André sobre a possível suspeita de Simonal ter colaborado com a ditadura, pensei e sugiro aqui que leiam "Eu não sou cachorro não!" de Paulo César de Araujo,. O livro retrata o período militar e suas censuras, dando enfase nos Bregas no final da década de 60 início da 70, entre elesFernado Meireles, ( para de tomar a Pílula...) Odair José, Waldick Soriano, Agnaldo Timóteo e afins.

E só para lembrar, este autor é o mesmo que o "Rei" mandou recolher todos os livros, a qual traz a abordagem em DETALHES da vida do Robertão, vale a pena.

Obs: Não existe documentos que provem que Simonal era culpado de espionagem ou mesmo um X-9 na vida, o que existe são múrmurios, inclusive também criticavam a postura de Benjor, chamando-o de Maria vai com as outras, pois não sabiam de que lado ele estava.




abraços




Rei da Vela

domingo, junho 24, 2007

História de hoje: Ele dormia de luvas!?


Sandra era assim: loira artificial, estatura média, olhos castanho-claro, 34 anos, secretária bilíngüe de uma multinacional. Namorava há três anos Arouca, um ciumento rapaz com quem já não tinha um relacionamento instável. Brigas e brigas eram o cotidiano – o amor não existia mais.
A ascensão profissional da moça contrastava com o declínio do seu companheiro – que estacionara no cargo de vendedor de convênio médico -, mas não era por isso que a relação não prosperava. Sandra estava contando as horas, esperando o momento preciso para dar uma basta naquela história, estar livre para a vida, para amar de novo.
Demorou, mas este dia então chegou, e foi drástico para Arouca. O rapaz não aceitou, chorou, pediu chances, e num misto de tristeza e raiva se despediu em vão com um abraço calado, frio e sem alarde.
Pouco tempo depois, Arouca deixou na portaria do prédio onde a moça morava alguns objetos que ganhara dela nesses três anos: cd´s, livros, cartas, uma caneta, uma gravata, uma aparelho de barbear... Sandra entendeu que o seu ex não queria ficar com qualquer vestígio dela em sua vida, e ao se deparar com aqueles objetos, ficou com os que considerava neutros (cd´s e livros) e jogou o resto fora.
Por um instante, percebeu que Arouca se esquecera de lhe entregar alguma coisa, mas não se lembrava.
Os dias que se seguiram passaram lentos. Sandra ia degustando sua liberdade aos poucos; aos poucos o peso de Arouca ia diminuindo... Ia rarear até desaparecer totalmente.
Numa segunda-feira, Sandra saiu para o trabalho bem vestida e perfumada como de costume, trabalhou o dia todo, fez contatos com clientes internacionais, organizou a agenda de seu diretor, e já no final do expediente foi chamada à sala de seu superior para ficar ciente da sua promoção e transferência para o sul do país – a carreira da moça dava mais um salto.
E quase que saltando de alegria contou a todos: aos colegas de trabalho, aos pais, aos amigos e se lembrou de Arouca rapidamente, pessoa que talvez não visse mais.
Ao chegar em casa, cansada e feliz, a moça foi até a cozinha guardar algumas coisas na geladeira e tomou um copo d’água rotineiro. No caminho, deixou a bolsa na sala e se dirigiu ao seu quarto com a incumbência de tomar um banho relaxante.
Foi quando quase morreu de susto ao ver em sua cama Arouca, o ex-namorado, dormindo... Ficou ali, perplexa, sem saber o que fazer. Notou que o rapaz tinha vestido nas mãos luvas de borrachas, brancas, transparentes, cirúrgicas e foi se aproximando para acordá-lo sem entender nada.
E ao tocar no rapaz, viu o brilho reluzente de sua faca de cortar carnes tramontina, como um raio, pegar de raspão em seu ombro esquerdo, e a mão grande do seu oponente tapar-lhe a boca, impedindo a de gritar.
O golpe foi preciso e Sandra mal conseguia respirar, enquanto o rapaz fora de si dizia que sem ela, ele não viveria mais e que por isso ela teria que morrer também.
Ela não teria escolha: ou voltar para ele ou morrer...
Sandra sentia o cheiro forte do látex das luvas, e o medo da morte – sua vida inteira passou num segundo -, e num instante conseguiu agarrar o abajur de aço inox em forma de barra que ficava na beira da cama e atingir em cheio a cabeça do seu agressor.
Ele caiu cambaleante e sangrando, e ela fugiu pela porta da frente gritando socorro para o porteiro, morta de pavor.
Arouca se recuperou a tempo e pulou o muro do prédio como um felino assustado, entrando em seu opala 1978 azul, cantando pneus pela avenida afora.
E a moça ainda muito nervosa, foi socorrida por vizinhos e encaminhada à delegacia mais próxima para denunciar José Carlos de Melo Arouca por tentativa de homicídio.
Sandra, depois do susto, imediatamente mandou trocar todas as fechaduras do seu apartamento e adiantou sua ida ao sul.
Quase que a moça não muda de cargo...
Recentemente, Sandra esteve por aqui para prestar alguns depoimentos sobre o crime passional do seu ex-namorado, e aproveitou para passar a noite com um amigo meu que me contou tudo. Dizia ele assim: - Dá para acreditar, o cara dormia de luvas!?


"Qualquer semelhança é mera coincidência".

Nilson Ares, junho de 2007

A inteligência e a genialidade


Creio que a inteligência está extramente distante da genialidade. Algumas pessoas sentarão nas cadeiras escolares , tirarão nota 10, entretanto, não serão gênios.
A genialidade é quase uma escolha do desconhecido, que recai sobre algumas pessoas e essas tornam-se excessões. O fato de uma pessoa tocar todas as músicas do Villas Lobos, reproduzir quadros de Van Gogh, não o tornará um gênio. Esse será escolhido, mesmo não reconhendo-se como tal, pelo público .
A genialidade não é um Dom , é uma escolha de um oráculho, que escolheu Sócrates, e todos que aí estão, onde o mais cético, ateu, reconhece esse fato paragmático.
Sempre tive medo da morte, e confesso que ainda tenho, mais não consigo imaginar a existência do céu, entretanto o nada me assusta. Vinicius trouxe uma fala no leito de morte que somente aos gênios cabe nos aliviar e expor o que realmente eu sintia, perguntaram-lhe:
- Vinicius, você está com medo da morte.
- Não, de modo algum, estou com saudade da vida.
Creio que espelhamos em algumas genialidades pois as palavras, a musicalidade, a atitude, a genorosidade, nos tranqüiliza.
Ontem, estava eu a assistir um programa com o genial arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, quando ele disse que o mais importante na vida era os amigos, a beleza da vida, a amizade e falava que este pó que somos deveria nos levar a repensar nossa conduta como pessoas.

Um abraço a todos.

Andarilho

Foto: museu da arte comtemporânea - Niterói - RJ

sexta-feira, junho 22, 2007

Algumas considerações sobre a música

Estava a conversar com um amigo a minha aversão pelo Yamandu Costa, que até então não conseguia explicar. Apesar dele ter uma grande técnica, o que é inquestionável, a parte melódica chega ser irritante, como se fosse uma seqüência de acordes de alta velocidade com pouco teor melódico. Não gosto de aplausos inconseqüentes .
Quando ouço a genialidade do afro de Baden Powell, o choro chorado do professor do Toquinho , Paulinho Nogueira, ou ainda o falecido Raphael Rabelo vejo que a melodia está além da técnica e está além do tocar bem.
A musicalidade é algo que nos faz ir além : é trágica, dramática, intrigante entre outros possibilidades que podem causar ao ser, mas a sucessão de notas , não é a música , é sua possilibidade.
Podemos ser grandes copistas, mas criadores, é outra coisa.
Penso que a genialidade é destacável por trazer o novo , não a repetição de coisas existentes. Com a repetição podemos ter bons músicos, mas não gênios, e isto , é para poucos.
Piqui

quarta-feira, junho 13, 2007

Vocês esqueceram da Rita!


Rita Cadilac também faz aniversário hoje! (cada uma que é possível descobrir nesse Wikipédia) Antes de protestarem, lembro-vos que ela foi Chacrete e fez show em plena Serra Pelada. Ah, e no Carandiru também! Inesquecível essa Rita!

Lembranças de Lisboa


Tá bonito o Santo Antônio da foto, mas não pude deixar de lembrar também do Pessoa, que é Fernando Antônio em homenagem ao santo. Aprendi a ler e admirá-lo por alguns chanceleres aqui presentes...hoje é o dia no calendário que nasceu um dos maiores expoentes de nossa língua portuguesa!

Salve Fernando Pessoa!

Abraços a todos!


S. Farias


"Tenho o dever de me fechar em casa no meu espírito e trabalhar
quanto possa e em tudo quanto possa, para o progresso da
civilização e o alargamento da consciência da humanidade"

F. Pessoa

VALEI-ME SANTO ANTONIO


terça-feira, junho 05, 2007

Nós, os fenomenais críticos reprodutivistas




Não falarei da camada de ozônio...
Não falarei do impacto antrópico no fenômeno do efeito estufa...
Evitarei compor minhas palavras com os diversos desastres ambientais ocorridos em anos passados...
Só por hoje não atacarei a postura do governo estadunidense enquanto união, lembrando que as federações individualmente estão evoluindo...
Ainda por cima desafio os aqui presentes e eu mesmo a discorrer sobre a questão, em vista de nos sentirmos um pouco além da maioria...
Estou aqui para falar sobre as crianças e o que queremos que estas reproduzam no futuro. Quais e que tipo de projetos estamos elaborando para a interação desses no meio e sentirem parte dele? Devemos jogar as coisas aí...simplesmente?. Eu penso que não.

Através de nosso individualismo continuamos a repetir a lógica sistêmica que nos têm impelido em copiar e colar. Ultimamente temos saltado muito pouco (não posso falar por todos, entretanto generalizo para atacar a todos) e os mergulhos em direção ao futuro cada vez mais tendem a dar com o cocuruto direto nas pedras dos fundos dos lagos e poços. Ainda procuro outros lagos e poços, porém, estou caminhando em voltas, analisando o ambiente e conhecendo melhor as pedras no fundo....mesmo que tenha que mergulhar, entenderei como devo saltar onde existem as pedras. Essa última parte parece até P. Coelho, que merda hein!! Auto-ajuda Piraquara, vacine-se contra ela!
A busca da transdisciplinaridade na educação ambiental (conceito a pouco por mim compreendido em parte) exige humildade, atitudes individuais de mudança e quebra de paradigmas. Como queremos fingir transformar a vida de jovens se a gente mesmo reluta em se transformar? Fazendo o jogo do sistema a gente continua cada um na sua...não conseguimos unir forças por um objetivo comum, o ser de cooperação com visão empresarial é bem mais complicado, mas seria o ideal. Este objetivo comum precisa ser melhor definido antes de iniciarmos algum projeto. Se é que teremos maturidade o suficiente para encarar outras frentes?? Não ter objetivo ou confundir-se com ele é o que mais fazemos dia-a-dia, me incluo nessa de verdade.
Então é isso, pelo menos de uma coisa eu sei. Estaremos falando disso em breve numa mesa de buteco... “ambiente” comum de pessoas como nós....ou de qualquer pessoa. Lá não existe dificuldades a não ser a hora de pagar a conta!
Um grande abraço a Gaia.


"Papaiel" ou
Samuel Farias

segunda-feira, junho 04, 2007

Corinthians, para além da vitória


O saudoso compositor Toquinho muito bem colocou em sua música o que é ser um corinthiano"Ser corinthiano é ir além da vitória , vitória , vitória...." Para nós corinthianos, o mais importante é ver o corinthians jogar. Realmente , os torcedores em sua maioria pertence as classes baixas que simbolicamente transfere a desilução da vida em esperança. O corinthians passou 25 anos sem título e mesmo assim tivemos um surto de crescimento da torcida. Por que alguns times só tem crescimento da torcida quando estão na ponta, enquanto o timão cresce na amargura, na falta do gol, no desespero.
O que para muitos parece absurdo, para nós corinthianos é orgulho. Ser o time que implantou durante um período a democracia dentro do clube. Termos tido o grande doutor Socrátes, intelectual de primeira linha que tivemos a graça de ser nosso ídolo por muito tempo, além de ter tido e ouvido o hino cantado em acordeon, com nosso Carlitos, nascido no subúrbio Argentino.
Daqui 3 anos comemoraremos 100 anos, com glórias e louvores deste grande clube que amado pela torcida e odiado pelos adversários, se mantém em pé , pois é o time que nasceu com um grupo que ao assistir no começo do século passado um jogo de um time inglês com nome corinthians , resolveu homenageá-lo. Este time já não existe mais, mas o nosso está aqui firme e forte, e para quem disse que o Corinthians transformaria num Flamengo, está deveras enganado.
Este time tem história
Um abraço a todos corinthianos e agradecem seu pai , tio, vizinho que lhe mostrou essa beleza

Mersão.