quarta-feira, abril 29, 2009

segunda-feira, abril 20, 2009

Unicidade e outros bichos




Olá meu nome é Ontologia do tempo e espaço, vulgo tecnomorfologia.
Nasci há tempos, mas só fui registrado na dec.de 90 do séc. XX.
Vivo em vários lugares, sou ubíquo.
Atualmente estou mais sedentário, mesmo assim às vezes percorro 1200 milissegundos por minuto, através das infovias da vida.
Minha infância foi muito diferente dos meus amigos, não joguei bolinha, nem soltei pipa, em compensação, criei e crio muitos ambientes para jogos.
O que vejo é que sem mim, hoje a sociedade mal se reconhece.
Sou bem informado, e informo milhares de pessoas, pois comigo as pessoas assumem seu lado mais sincero, perverso, ou fantasioso.
Faço parte de Ong’s, associações filantrópicas, corporações de ajuda a mutilados de guerras e até ajudo na exploração sexual de crianças indefesas.
Vendo rim, rádio, tratamento dentário, AZT, Franco Ruandês, casa na praia, música barroca, vagina de silicone, entradas no céu, bala de leite Kids, foto no carneirinho colorido, Tora, chinelo, carro usado, cotas de investimento imobiliário, armas da forças armadas Russa (pós-guerra fria), diapasão para piano, bala de gengibre, e afins.
Além disso, previno terremotos, enchentes, secas e pandemias.
Sofro sempre ameaças e auditorias, e sempre estou fazendo ameaças e auditorias.
Sou muito inteligente tenho quantos GB você inserir, chamados de memória, embora memória não seja inteligência, tenho uma capacidade enorme de armazenamento de informações.
Estão trabalhando com meu lado emocional.
Andam dizendo que vou até chorar.
Eu só quero saber por quem.

Abraços


quinta-feira, abril 16, 2009

Renascer

Estranho, nascer de novo
Me custa caro este renascimento
Resignificar os dias
Se tua ausência não tem cabimento

Tua partida deixou um vazio no peito
E da fotografia você ainda sorri
Como sempre, sem jeito
Parece eterno em seu momento

Não sabia que seria assim
Sentir tua falta
E ter que renascer para a vida
Pois não há outro jeito

Continuar a vida
Com a saudade estourando no peito
À mercê do tempo
E renascer...
E nascer...
Vivendo

Para meu tio José Francisco (Muita Saudade)

segunda-feira, abril 06, 2009

O eterno romântico

Entendo que mediante o tempo presente que não é mais do que instante entre o passado e o futuro o romântico tentar alcançar o infinito. Ele é cada vez mais raro , mas ainda existe entre nós. A vida rotineira lhe angustia constantemente e ele só pode sentir-se bem quando está no ápice da emoção.
O capitalismo moderno é o ladrão do romantismo, pois retira a vivacidade da vida que tem data marcada, hora marcada, dia marcado e nos coloca como devemos nos divertir. Esta vida para o romântico é um suplício , pois ele precisa de uma vida mais elevada, mais dionísica e menos cartesiana.
Um dias desses li num jornal que colocaram um famoso músico francês que costuma lotar em suas apresentações pelas suas habilidades musicais para tocar num metro de Paris numa manhã . Chegaram-lhe a presentear com moedas , entretanto, não perceberam quem era. Tal fato nos revela o quanto estamos caducamente racionalizados em nossas ações .
O romantismo não está morto, pois sempre remeto a lembrar de algumas figuras que quebram paradigmas dentro da construção cartesiana que presenciamos no cotidiano e sinto orgulho que tais personagens fazem parte da minha vida e muitos que me conhecem sabem dos quais estou falando.

Hemerson