quarta-feira, julho 27, 2011

Comentário Aberto aos Caretas e Abutres

Mas quanta sobriedade nos comentários, meu deus! Pik, fatalmente devo discordar de você, mesmo com toda culpa cristã que graças a deus não tenho.


Como dizia Vinicius: Quem é que bebe pra ficar sóbrio? O topor é imanente àqueles que tem o espírito de Dionísio assim como Amy, Lobão e Peréio.

Inclusive gostaria de instituir aqui no Comuna uma condecoração, uma louvável distinção, uma deferência que levaria o nome: Comenda da Ordem do Mérito de nosso Grão Mestre Paulo César Peréio. Seria a Comenda Peréio!

Para tal condecoração poderiam concorrer todos os associados de nosso Clube de Regatas e também os aprendizes de nossa Lojinha Maçônica. Todos poderiam se candidatar a Comenda que leva o nome daquele que “já foi expulso de uma suruba por mal comportamento”, sendo creditada por expressiva maioria e consenso, com distinção e louvor à quem mais se destacar naquele ano, à quem, cuja a vida, é uma cena de filme do Canal Brasil.

Eu, por exemplo, sou um candidato competitivo. Desde os idos de 92, pelo menos, reúno feitos nesta área. Eu sei, os tempos eram outros, na época tinha-se maior liberdade de criação, o esquema tático não engessava tanto, era arte! Mas é justamente pelo estado da arte de minhas pesquisas sobre a interação do nevo ótico com aquela luz que vem chegando lá do céu, é que eu poderia ser honrosamente agraciado pela Comenda.

Pela temporada que passei estudando este fenômeno físico sendo pesquisador convidado nível – III, no grande Instituto Politécnico de Pesquisas Raul Seixas. Ocasião em que pude participar de grandes avanços na ciência. A anti-matéria, a anti-gravidade, os Wormholes (buracos de minhoca) que ligavam dimensões distintas no espaço tempo do universo, já eram experiênciados e levados a exaustão do método empírico por nós. Até porque, já naquela época, a ausência de evidência não se traduzia em evidência de ausência, então, a gente via tudo mesmo, jacaré no teto, duas árvores conversando...

Deixe essa sobriedade comedida de funcionário público com apreço ao Sr. Diretor e desperte o Peréio que há dentro de você! Vai, destranca, manda pra fora!!

Essa Comenda também pode ser sua.

segunda-feira, julho 25, 2011

Os caretas e os abutres

Amy morreu. E em mim deixou saudade, assim como Sabotage. Nem bem o corpo foi encontrado e o esquadrão da quadratura do quadrado já mostrava o que estaria por vir: limite.

Um parêntese-paralelo: estou em tratamento de uma doença estomacal que me impede de beber. E isso me entristece um bocado. Empunhar meu copo com álcool é mais do que me jogar num abismo incontrolável: é apreciar a vida. Gosto de encarar a realidade pelas águas turvas do mergulho sem os óculos da sobriedade, me ajuda a ser mais humano, aceitar o mundo fragmentado em milhares de universos-cabeçais.

Voltando: Amy curtia o barato, e não me importa qual era – se ilegal ou não. Não me atrevo a dizer que não precisasse ou quisesse ajuda, mas não suporto a canalhice dos caretas proselitistas e jornalistas urubus. Como pode o Fantástico pedir depoimento de jovens com vinte-e-sete-anos, exalando politicamente correto pelos poros, que avalie o comportamento de uma pessoa da qual eles nunca tiveram proximidade cultural (a não ser pelos filmes Kids, Diários de um Adolescente e Trafic; pra não parecer festa Plock 80)? Queria ver o Lobão, o Caetano, o Xico Sá, Mario Bortolotto, Peréio! São olhares diferentes sobre esse mesmo vale de lágrimas, parafraseando Alan Sieber.

Bom mesmo seria ter a audiência de um Jabor e gritar que existem vários mundos correndo paralelos, sem maluquice, e dizer que a chave para os conhecer, bem... antes de apologia, diria que: é necessário a ausência de antolhos.

quinta-feira, julho 21, 2011

Devaneio no facebook

Dou-lhes minha face para bater.Puz minha foto nu de barriga exposta e quero ver quem terá coragem para ver. Não fiz a barba mesmo. Não estou a procura de ninguém a não ser que tenha alguma puta dispota a uma saída sem compromisso. Que coisa bizarra minha exposição nesta lama de coisas onde sou consumido por olhares estranhos de amigos e amigas de amigos e amigas. Mais com a barriga e nádegas expostas sou tão ridículo que ganhei comentários sórdidos , expressivos , glamorosos, chorosos, risonhos , bisonhos ....
Tirei a foto de dentro do banheiro deitado. Temporizei a máquina e ela deu um clique sobre este corpo peludo e sem formosura . Quiz provocar sim...Risos aos idiotas de plantão ligados nesta parafernália da net.Temos uma fissura aberta nos lábios que sangra e está podre. Está é a idéia . Mostrar o podre . Ou vocês acham que iria tirar minha fotinha de rosto limpo. Não, eu queria que aparecesse o bizarro, o vulgar, o enfadonho, a náusea.
A próxima mostrarei as crianças que tomam banho no chafariz. Depois a puta da praça Afonso Pena pegando o saco do velho. Mais tarde o cego que vende passe. Inverterei os lados da esperança daqueles que não esperam nada e vivem.

PARTENOGÊNESE


1 xícara
1 cigarro
1 poltrona

E ela se queixou do meu olhar.

É, precisamos construir mais pontes.

terça-feira, julho 19, 2011

A Cidade

A Cidade Inteligente termo utilizado para designar cidades que lançaram mão de soluções tecnológicas e/ou criativas a sua urbanidade veem tomando certo destaque, o que é diferente de cidades com valor tecnológico agregado a territorialidade.


São José Campos faz parte desta segunda classificação, um município com alto valor tecnológico agregado a territorialidade, porém que não faz uso dessa criatividade para soluções urbanas que contemplem todos os munícipes.


Cidades Inteligentes costumam também se desenvolver através do que se convencionou chamar de Economia Criativa, incentivando atividades voltas ao design, à arquitetura, aos midias, teatro, cinema e etc..


Tome o caso da Cidade de Paulínia que se consolidou nos últimos anos como Pólo Cinematográfico, onde são rodados anualmente 16 longas metragens, sem contar os curtas. A cidade conta com um núcleo de formação de profissionais para a área de áudio visual, e também de estúdios de cinema para a realização dos filmes.


A grana vem do Fundo Municipal de Cultura (20 mil anual), coisa que São José dos Campos apenas sonha em ter, a batalha pelo Fundo de Cultura aqui em nossa cidade já se mostra inglória, assim como o Fundo Municipal de Meio Ambiente. Não passa nem de longe pela cabeça da atual administração a constituição de tais fundos que possam ser administrados democraticamente por um Conselho Gestor Deliberativo, em que possam estar representados também de maneira democrática e paritária os segmentos sociais relacionados com a questão.


Ao contrario, esse dinheiro vai para mão de vereadores, chamada verba de gabinete para promover melhoria eleitoreiras em seus currais, incentivando o fisiologismo, o clientelismo, a troca de favores, o toma lá-dá-cá e o coronelismo em nossa cidade, que ironicamente é invejada pela sua cadeia produtiva tecnológica.


Na cidade de Paulínia os filmes que recebem aportes financeiros do Fundo Municipal de Cultura são obrigados a contratarem profissionais formados pelo Núcleo, tem o direito de usarem os estúdios do Pólo, e tem que gastar 60% do valor recebido em produtos e serviços oriundos da cidade, o que injeta uma soma de 65 mil anuais na economia local.


São José dos Campos realmente está debaixo da terra em termos de cultura, com essa atual administração não dá mais.

sexta-feira, julho 15, 2011

Em versos falo

o nome assanha: piranha
nomenclatura fajuta?
PUTA!

não se assuste com a palavra
na vida com seu corpo
LAVRA!

em nosso colo de aluguel
dinheiro, fantasia e
MEL!

se te sentes acuado, lembra:
até aquele teve sua
MADALENA!

quarta-feira, julho 06, 2011

Uma chance na vida

Uma dor em cada esquina ressaca existencial que me come o estômago aquela chance que se espera e se tem e não se sente nem se percebe é como se ela desaparecesse da vontade e fosse substituída imediatamente pelo próximo querer num fluxo continuo até última batida de coração passo os olhos revistando o mundo e depois não aceito uma frase que soe referência um conflito corrente um embate que preencherá meus dias e que me tornará cada dia mais frio diferente de tudo que é rotina não perde força está sempre a minha espera em cada esquina uma dor em cada esquina ressaca existencial que me come o estômago aquela chance que se espera e se tem e não se sente nem se percebe é como se ela desaparecesse da vontade e fosse substituída imediatamente pelo próximo querer num fluxo continuo até a última batida de coração passo os olhos revistando o mundo e depois não aceito uma frase que soe referencia um conflito corrente um embate que preencherá meus dias e que me tornará cada dia mais frio diferente de tudo que é rotina não perde força está sempre a minha espera em cada esquina

sexta-feira, julho 01, 2011

A arte de subverter da arte

“A arte não existe: o que há é o intervalo entre o objeto e sua alma.” Ouvi isso não sei onde, tampouco da boca de quem; mas é foda. Mora aí o fato de eu tentar explicar a subversão de valores praticada por um músico que conheci a pouco e ninguém entender: Criolo.

Nascido em São Paulo, no Grajaú – ou Grajauex como ele mesmo diz -, Criolo apodera-se de um ícone infantil de uma geração e o transporta à realidade de sua vida e arredores.

Pode ser que não te acerte como a mim, mas te ofereço a prova:

www.youtube.com/watch?v=OdaDCDfXgTo

Recomendo o disco, com download liberado pelo próprio: www.criolo.art.br .