sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Travessuras literárias

Sexta-feira, 11 da manhã, de café tomado, louças para lavar, almoço a preparar... Chuviscos que não agridem tanto se revezam para nos molhar lá fora. Fui até a padaria sem problemas - odeio sombrinhas e guarda-chuvas - comprei três litros de leite e enquanto isso deixei o anti-vírus fazendo o "scan disk" no velho micro agora "ressuscitado" e apaziguador dos conflitos com relação ao uso da internet aqui em casa.
De vez em quando, antes do concerto deste velho 233, o bicho pegava por causa de Orkut, Msn e outras bobagens que a molecada de hoje faz uso desenfreado, catático e claro, um tanto alienado. Mas, eles não se dão conta e nem sei se se darão algum dia.
Amigos leitores, retomando as minhas breves divagações, descobri recentemente depois de ter lido "Travesuras de una niña mala" de Vargas Llosa, o quanto nos alivia o mergulho em "escrevinhaçoes", o quanto nos faz bem esta solidão literária. O autor, encarnado na figura do tradutor Ricardo Somocurcio, driblava com maestria todos os percalços encontrados na vida, se entregando com afinco aos trabalhos que conseguia na Unesco (França), para esquecer as mais sórdidas travessuras que sua "menina má" lhe fazia...
O peruano Ricardo traduzia textos para o inglês, francês, russo e espanhol viajando pelo mundo em conferências realizadas pela Unesco, e ao mesmo tempo obtinha informações sobre o então colapso político qua a nossa américa latina sofria - eram os sisudos anos 60 - através de um tio que ainda residia em sua terra natal.
Vargas Llosa desenha todo o cenário politico da américa latina, as ditaduras de Chile, Brasil, Argentina e Uruguai, a Revolução Cubana e sua guerrilhas e, cronológicamante, o surgimento do grupo terrorista de tendências maoístas Sendero Luminoso, no Peru.
Bom...prometo voltar outras vezes, é claro. Até com um texto mais denso, eu sei. Mas nesta sexta-feira nublada, a hora do almoço vem chegando e tenho algumas obrigações a fazer, senão a Dona Maria fica brava...

Espero que tenham gostado.
Nilson Ares.

Nenhum comentário: