terça-feira, abril 24, 2007

Romance: Uma Revolução Literária




Ainda que breve, um estudo do romance nos aponta a sua importância e a revolução que trouxe para a literatura moderna: o que atesta também a enorme complexidade que carrega; tornando a missão de delimitar algumas das características básicas que o perfazem, dificílima, por se tratar de um estilo literário em que a subjetividade humana prevalece em um número incontável de facetas, ao tentar “decifrar” a realidade.
Se fosse apenas para citar, enumeraríamos aqui enquanto fruto deste estudo breve, aspectos como: individualismo/subjetivismo, o eu vitorioso, o eu oprimido, sentimentalismo, culto à natureza, a evasão, liberdade artística, etc.Ao Investigarmos alguns fragmentos do teórico russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), podemos observar: que “o romance se alimenta do presente vulgar, instável, transitório”. “Ou seja, a sua instabilidade e o sujeito que nele vive o objeto de sua representação”. Para Bakhtin, o romance é um gênero em constante estado de devir, justamente por envolver a tríade homem – espaço – tempo, características estas sim, fundamentais a qualquer estrutura romanesca, bem como a todo universo imaginário que a estruturar. E que tornam árdua qualquer tarefa de, em poucas linhas, procurar características básicas para um estilo literário em constante movimento – até os dias atuais - como o romance.



Nilson Ares




Foto: A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revoluçao Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento.