sexta-feira, maio 11, 2007

O Hímen do Mundo


Daquela imensidão sobrou só o buraco da porta,
por onde eu via um minúsculo mundo,
que cabia na retina de meus olhos
que em alguns momentos enegrecia
outros ofuscavam de tanta luz.

E ali eu manifestava meus mais íntimos desejos
A procura do que não é perceptível.
Que em horas atua como um ser normal
Ora, me surpreende num espaço metafísico

Meus sonhos me levaram a ser um voyeur
Pois tudo que vejo na sua totalidade
Exige um esforço para que através de alguma fresta
Eu consiga ver detalhes, minúcias, fragmentos.

Separo as partes das partes, não as partes do todo.





Dedico ao Júlio Cortázar, em sua obra prima - Os bestiários



ReidaVela

2 comentários:

Marcio disse...

muito legal, Rei

Anônimo disse...

Gostei dos seus versos, Rei.
Os outros passam e você passarinha...

Elton D´Almeida