terça-feira, agosto 21, 2007

Condição Pós-moderna

Refletir sobre nossa contemporaneidade frente aos auspícios do que muitos vem chamando de pos-modernidade ou modernidade tardia nos remete a uma sensação de vertigem, e por que não de exclusão.
Concordo com o Sarsa na questão da dimensão da representação do homem na sua economia das trocas simbólicas, mas a questão material ainda continua premente, muito embora o materialismo histórico e dialético não nos traga padrões epistemológicos plenamente satisfatórios para determinadas análises dessa hiperealidade atual, mas ainda são usados para explicar a realidade e a natureza humana, assim como a física clássica de Newton não foi invalidade pela relatividade de Einstein.
Não que eu seja marxista, mas volta a tocar na relação do materialismo histórico frente a nossa modernidade tardia, ou a lógica cultural do nosso capitalismo tardio.E para tanto enxergo na técnica, sobretudo nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) as bases para a formação dessa hiperralidade a qual vivemos. A hiperrealidade não é apenas uma cópia da realidade, mas sim uma reprodução em escala global e infinita de uma cópia da realidade, fazendo com que o tamanho dessa reprodução seja tão grande que passa-se a ser uma outra realidade, o que se estão convencionando chamar de realidade virtual. O que está sendo uma marca da nossa comtemporaneidade – a pos-modernidade
Por outro lado não se pode tomar a pos modernidade como um outro período histórico, em que uma linearidade histórica supõem que a modernidade acabou e que agora se inaugura um período pós moderno. Não é isso, a história não segue um linearidade positivista. A pos modernidade é uma constatação da crise dos arquétipos da modernidade, tais como o Estado Nacional e o Liberalismo.
A condição pos moderna é marcadamente orientada pela crise das grandes metanarrativas, tais como o sujeito, a razão cartesiana, o progresso, o legado da ilustração, espírito hegeliano, o equilíbrio keynisiano, o conceito de totalidade e verdade etc..
No campo econômico, a pos modernidade abriu espaço para uma versão do liberalismo (o mesmo liberalismo inglês e francês fundadores da modernidade, com a criação dos Estados Nacionais, da liberdade econômica, do cidadão), articulado para o capital global legitimado pelos organismos multilaterais e convenções internacionais, como o famoso consenso de Washinsgton, tais como desregulamentação dos mercados de capitais, ataque ao equilíbrio keynisiano, a idéia de um estado mínimo, o fim do welfaer state, privatizações, auto gestão dos mercados e suas leis naturais como o único fator regulatório da economia.
As cidades, regiões e localidades também têm sua reafirmação contrariamente a idéia de aldeia globao do Mcluhan.
Por exewmplo, existe uma capacidade de controle global da infra-estrutura de empregos e da relações de produção em SJK, que podemos realcionar a ordem social urbana de nossa cidade com eventos globais, como a crise das industrias bélica e aeronáutica nas décadas de 80 90 frente as efemérides da conjuntura geopolítica mundial.
O espaço da cidade de SJC passa a ser elaborado segundo os mesmos critérios de eficiência e racionalidade técnica que comanda o processo técnico-cientifico-informacional do modelo de desenvolvimento assumido pela sociedade e gestão pública. É um novo conteúdo político e social que vai se viabilizar e concretizar uma nova estrutura sócio-espacial e vice versa.
O avanço técnico redefine as relações sociedade espaço, criam-se novas formas espaciais e as anteriores se ajustam as novas determinações. O espaço segundo Milton Santos também é material e histórioco, ele poderá ser deformado pelo digital mas não desaparecerá.
"Antes mundo era pequeno, por que terra era grande
Hoje mundo é muito grande por que terra é pequena, no tamanho da antena parabólica Mará"

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