quarta-feira, maio 20, 2009

Beijamante


Atear fogo às estrelas com tal coragem de criança não era comumente uma tarefa trivial, somente depois de contumaz bebedeira, de Maria costumeira e o som divinal de quando passeias as vestes inteiras sobre a face escura da lua em labareda. E quando mais tarde afinal, dorme transparente opaca estrela, bóia paralisada no açude glacial de um sono sem sonhos. Que a água lhe seja calma, como oposto predicado do mundo tumultuado que vagueia pelos logradouros anseios do coração.

2 comentários:

Marcio disse...

sabe que essa história do trivial e do insano, ali juntos no colquial da vida, é uma coisa impressionante né? li algumas coisas do Cortazar que a lu me mostrou, e o fantástico não salta aos olhaos, mas parece que tá ali meio na espreita.

Alê Marques disse...

É isso meu caro, captaste o âmago!!