quarta-feira, junho 24, 2009

A única verdade indiscutível são as existencias individuais

As análise sobre nosso país e mesmo sobre a economia mundial deveria passar por analisar as questões do social e em particular do indivíduo. Muitas vezes nos pomos a discutir a desigualdade social , mas em nosso meio somos os fortalecedores dessa. Se não podemos ser solidários o suficiente no pouco, que dirá no muito.
É fato que melhorando as condições econômicas temos melhorias sociais , mas quando os meios de comunicação traz tal informação não há uma preocupação profunda com o ser existencial, o indivíduo propriamente dito.
Nessa premissa tanto o capitalismo e o suposto socialismo marxista daria merda, pois ambos não se preocupam com o indivíduo. Talvez tal análise parece irrelevante, mais muitos problemas nem são de ordem financeira.
Ora , lutamos por causas " justas" muitas vezes para salvar nossa alma , não aqui num sentido metafísico , mas para dar conforto a nossa consciência. Mas continuamos enxergando o social como um número, assim como o estado o faz.
Desta maneira, tanto o médico, professor, e outros enxergam o sujeito como número e não indivíduo e dentro da complexidade que envolve o ser.
Tal frase , que acima da título a esse pequeno texto, tomei do livro de Clarice Lispector " A hora da estrela " 23 edição e está em seu prefácio. Tal obra traz a miséria de sentido de vida de Macabéa em tal profundidade que nos deixa perplexo.
Assim, para conhecer o sujeito e dele fazer um real juízo é preciso que tomemos um contato profundo e valorizemos o indivíduo. O estado desconhece esse indivíduo e nos acabamos tratando o desconhecido com a dó que estado tem, em suma , estamos pouco nos lixando.

Hemerson

2 comentários:

Anônimo disse...

é lamentavél tamanha desigualdade social no nosso planeta hoje. Espero que ela caia, mas jamais acabe pois não haveria muitos meios de se dignificar o homem sem suas mazelas..

Frei

Alê Marques disse...

Profundo Frei!Profundo mesmo. Muito mais até do que imagina!
Mas gostaria de levantar uma questão de ordem prática, mesmo sabendo que o pragmatismo no mais das vezes não é reflexivo e noutras vezes reducionista, tenho que dizer: Quem dentre vós comeria a Mcabéia?? Mas comer mesmo! Sem essa de Fast-Foda. Quero ver levar pra tomar um choppinho, conversar, falar coisas engraçadas, dar risada, fazer um carinho na nuca, um chamego.. Aí quero ver se ela não vai ter a existência resignificada, espero que façam a mea culpa por não comerem mulher feia!Viu no que dá?
Mas referente a questão do individuo, temos que tomar um certo cuidado com esse discuso, pois é tênue a sua fronteira com o liberalismo, que para sair do risco sistêmico basta uma ação individual e empreendedora. Sei que não é o caso de seu texto. Mas em todo caso tem gente que entende assim, vide comentário do Frei.