sexta-feira, agosto 21, 2009

en passant

Não a havia tocado, mas se socorreu do seu cheiro quando passou! E de passagem surgiu a imagem advinda de muitas outras, como um fundo que se torna a imagem, e de novo, a inocular outras imagens em outros fundos na mesma face, que passou incólume por todas as passagens do tempo desde as imagens gravadas na pedra, das imagens de pedra e da cega adoração que se tem por elas. Como na incumbência de um taleban que se guia orientado pelos meridianos celestes, e que o leva sempre ao oriente da noite. Pra lá de Greenwich, para além de sua papôla e o haxixe. Para além da Anima de fumaça que a mão perpassa a imagem intocada numa ilusão pervasiva, que por caridade à realidade, às vezes a deixa passar. E ao passar... Por veias discursivas, emaranhadas e labirínticas se perdem dentro do corpo, dissolvendo a realidade na carne, levando sangue, sonho e outras imagens alusivas de seu exterior. De fora de sua casa, para fora de seu alpendre, de dentro do ventre, do místico espaço eclipsado pela lua, da Grã-fina e crispada pálida pele nua, no estuário do caudaloso rio de sobra e luxuria da noite. Quando a luz anoitece, o calor anoitece, a convulsão e o frêmito anoitecem, todos de olhos postos se darão ao trabalho de se vidrarem em seu rosário luminoso. De tudo isso, mais vale não lembrar. Mesmo sem ter havido.

5 comentários:

Anônimo disse...

"Escrevi um texto pra você sem sequer a conhece-la.."

Lamentavél!

Anônimo disse...

È essa minha premunição que não me deixa mentir!!
As vezes tem certas coisa que nos acontecem que não podemos nos furtar..

Nilson Ares disse...

Nossa!Quanto amadorismo hein, Coronel! Continua assim...

el Samu disse...

Eu gostei. Toda alegoria produz empuxo!

Alê Marques disse...

Gostei dessa: Toda alegoria produz empuxo.