
Não importa o partido a que se pertença - escreve Baudelaire em 1851- é impossível não ficar emocionado com o espetáculo dessa multidão doentia, que traga a poeira das fábricas, inspira partículas de algodão, que se deixa penetrar pelo alvaiade, pelo mercúrio e todos os venenos usados na fabricação de obras-primas... Essa multidão se consome pelas maravilhas, as quais, não obstante, a Terra lhe deve. Sente borbulhar em suas veias um sangue púrpura e lança um olhar demorado e carregado de tristeza à luz do Sol e às sombras dos grandes parques”
Benjamim. Walter. Charles Baudelaire: Um lírico no auge do Capitalismo. ED. Brasiliense 1989.
Ao Jorge Pessotto, nosso Flanêur Joseeense.
Um comentário:
belíssima sacada!
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