domingo, fevereiro 06, 2011

Janis tinha razão?


A ciência moderna nos trouxe grandes problemas, colocar controle para que possamos viver mais e colocar em nossa cabeça que o número de anos é fundamental para nossa felicidade.
Janis Joplin tinha uma frase interessante “dizia que preferia viver 10 curtindo a vida do que 70 sentado na frente de uma poltrona assistindo televisão”. A vida deveria ser medida pela sua intensidade, não pelo tempo glorioso da idade levada a longos anos. Por quê? Ora, daqui a 200 anos tirando os gênios, nos aqui leitores e eu que aqui vos escrevo provavelmente não serei lembrando, afinal na modernidade tudo é muito passageiro.
Mais onde estou querendo chegar com isso? A ciência moderna controla nosso corpo como nunca controlou antes: pressão arterial, colesterol bom, colesterol ruim, acima do peso, abaixo do peso. Além das análises de alma (psique): depressão, síndrome do pânico, hiperativo e outras doenças que sempre convivemos com elas, sem nomeá-las.
Imagine que você viva uma vida normal em seus 45 anos até então tranqüilo e vai ao médico para fazer um check-up e aí lá vem os problemas que você tinha, mais não sabia e agora terá que conviver com mais um: a causa psicológica que o danado causará em você.
Nós deixamos que os especialistas passassem a definir o que é melhor para nós a tal ponto que não demos conta disso. E vivemos com medo de comer e beber qualquer coisa em pró da saúde física, sem sabermos que podemos estar ficando doentes da cabeça. E quando achamos que estamos doentes da cabeça não suportamos tentar conviver com está dor e corremos no psicólogo que como diz o Raul: “Eu fui e acreditei no velho papo do psiquiatra que ensina como é que você vive alegremente de agüentar tudo calado , de bancar o empregado sem jamais se aborrecer, ele só quer, só quer de adaptar, sua profissão, seu dever é adaptar”.

Nota: foto do meu celular fuleiro VGA que só funciona de dia e olhe lá.

Pik

3 comentários:

Alê Marques disse...

Graande foto!A julgar pelo sensor utilizado, captou bem a imagem, mas o Parque ajuda né?
Ter uma vida longeva e de qualidade não seria nada mal. Mas a racionalização do corpo pela ciência veste o corpo de uma armadura contra aleatorioedade da vida.
Mas a ciência é apénas um dos componentes de racionalização do corpo.
Outros se somam a ela para formatação de nossa noção de corpo e ao uso que se destina. Foucault utiliza por exemplo o termo "Bio Poder", referência que o pensador frances faz entre a excessiva racionalidade do corpo e sua relação com o Estado e a política de nossa modernidade, para ele a sociedade de controle está diretamente ligada ao controle dos corpos.
Com este tipo de controle Foucault infere em outro termo chamado "biopolítica" que sua ação se torna possivel através da ciência que presume uma disciplina sobre o corpo, e dota-o de interfaces, que além de controla-lo,é o meio que se estabelece para relação entre outros corpos.
sem contar que a técnica e a ciencia agrageda ao corpo traz a possiblidade de recriação e alteração do mesmo.
Com isso tudo tô pensando até em aumentar um pouco mais o meu pinto!

Anônimo disse...

Me lembrou Réquiem para um sonho! Nós é apresentado um ideal de vida estratejado segundo nossos anseios mais genuínos,onde o eixo central não está descolado de quem o observa,estamos dentro do fenômeno e padecemos de paralaxe cognitiva;aí o panóptico é psicobiosocial.Tbm estava pensando em dar uma aumentada no peru,quem sabe colocar uma prótese.
Arthur.

Anônimo disse...

Como dizia o Vinicius: só mais um dedinho pelo menos.
Por falar nisso vi o filme neste final de semana.
PIK