quinta-feira, agosto 16, 2007

O Infante

Empunhava um surrado violão
Fazendo os dedos cantarem uma simples e bela melodia
Oriunda do lugar mais fundo de seu peito
Onde guardava um coração nunca antes partido

Pregava de maneira singela suas esperanças
De uma vida inteira com pés descalços e fubecas
Balas de goma e pipas dançarinas no céu azul
De primeiros amores todo dia, a partir de hoje

Não conhece ainda a arte da boemia
Nem as musas que inspirarão suas canções
Mas ele já sabe desde pequenino
que enquanto tiver um violão será sempre um infante.

Mario Crema

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa a poesia: lembrei-me de minhas pipas e musas da infância a da adolescência.
Gostaria de poder fazer um tour pelo passado, mas como não posso, estas palavras me deram um pouco disso de volta eme fizeram bem.

Valeu!

Nilson Ares

Anônimo disse...

me faz querer cortar os pulsos,Sr Crema,ou manteguinha de classe esconomica da Varig.

Mario Crema disse...

Obrigado pelos comentários.
E parabéns para o senhor anônimo, que faz juz ao nome, com comentários dignos de quem morrerá no anonimato. Mesmo cortando o pulso como se propôs.

Grande abraço a todos