sexta-feira, março 14, 2008

A Santíssima Trindade do Realismo Mágico Latino-americano


Pertencentes à riquísima literatura latino-americana, o escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, o belga/argentino Julio Cortázar e o também argentino Jorge Luis Borges formam o que podemos chamar de a “Santíssima Trindade” do estilo literário denominado Realismo Mágico.
García Márquez se destacou na literatura e no jornalismo, inclusive ganhando o Nobel de Literatura de 1982. Mas com o livro “Cem anos de solidão” torna-se responsável pela criação do realismo mágico na literatura latino-americana, realismo este que é o suporte de toda a narrativa que se passa na remota aldeia chamada “Macondo”, fundindo realidade e fantasia.
Na esteira de García Marques se encontra Julio Cortázar, escritor belga de pais argentinos, que verteu a literatura para o realismo mágico em obras como “Bestiário (1951)” e “As Armas Secretas (1959)”, inspirando o cinema na figura de cineastas como o italiano Michelangelo Antonioni, cujo longa-metragem Blow-up foi baseado no conto As Babas do Diabo, do já citado “As Armas Secretas”.
Encerrando esta verdadeira plêiade latina, temos Jorge Luis Borges. Escritor, poeta, tradutor, crítico e ensaísta argentino, é considerado o maior autor do século XX. Sua obra se destaca por abordar temas como filosofia, metafísica, mitologia e teologia, em narrativas fantásticas onde o racional é extrapolado em labirintos lógicos e intermináveis e vertiginosos jogos de espelhos. Entre seus contos mais conhecidos como “O Jardim de Veredas que se Bifurcam”, “Funes, o Memorioso”,"O Zahir", "A escrita do Deus" e “O Aleph”, podemos citar “A Biblioteca de Babel”, por criar um universo infinito em espiral onde pessoas nascem, envelhecem, matam, morrem, etc. Tendo como interface narrativa a biblioteca: ciberespaço/plataforma para a existência dos personagens. Qualquer semelhança com a Internet é mera coincidência?

Nilson Ares



4 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo Nilson.

Falando em América Latina, sugiro o "Nosso Peruano" Mario Vargas Llosa, em seu livro "Guerra do fim do mundo". Belo livro.Uma leitura mais light do que os Sertões de Euclides da Cunha(que é uma obra-prima).
A obra é o relato verdadeiro de Canudos, com pitadas fantásticas

Vale a pena.

até breve

Rei da Vela

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

celular é o dentinho chupador

Anônimo disse...

A Volta dos textos mais malas do mundo...