domingo, maio 18, 2008

Crônica de uma despedida

Há algum tempo não mensurável a relação já tinha morrido, e os "boas noites" diários entregavam isso de bandeja dia após dia.
Ele se perguntava até quando? Ela já demonstrava abatimento, e a casa aos poucos entristecia, perdia sua luz, suas cores, seu som ia ficando opaco, sem força, cada vez mais fraco...
E assim foi... Até que a despedida não esperou mais, fincou bandeira; era a hora da partida, pegar as coisas pôr no carro e... Adeus!
Como é difícil dizer adeus, mesmo sabendo que ficar não resolveria, que as coisas não mudam repentinamente, como se apertássemos um botão e pronto.
Um adeus significa ver todo o filme passado de uma vez, procurando inultilmente respostas.
Um adeus significa ver se você está realmente acordado para questionar a própria verdade, e quem sabe enganar o tempo, voltar a fita, ver onde se errou, ou sei lá o que.
Mas não dá: o amor acabou, fez as malas e partiu, dirá o poeta.
E a dor agora é crônica... Tipo dor de despedida, sabe.
Ou nem queira saber.

Nilson Ares

7 comentários:

Anônimo disse...

"Uma saideira, muita saudade,e a leve impressão...de que ja vou tarde".

Para o que precisar estamos ai irmão.

Quase ex-Frei de novo.

Anônimo disse...

O silêncio e o tempo, são os melhores remédios para todos os males dessa vida.

Anônimo disse...

Como já dizia o saudoso Augusto dos Anjos " O tempo é o cirurgião do mundo".

Marcio disse...

cirurgião ou hortifruticultor?

Anônimo disse...

hortifruticultor ou exterminador?

Anônimo disse...

nada mais difícil do que ler isso aqui mano...estamos na área.
taxi driver

Anônimo disse...

de despedidas o mundo está cheio... aliás.. todos daqui já se despediram..