quarta-feira, dezembro 24, 2008

Ponte

Alçada em concreto e plumas dos passantes sobre espumas navegantes de detergentes e fósforo verde, como o das telas dos PC´s antigos. Lembro das coisas que precipitam no sentido cerrado de sua gravidade, como o não sentido dos que se jogaram dela. Cacos da Anima de vidro, do choque com suas espumas e que agora agarram em suas colunas, erodindo as cabeceiras, expondo as estruturas de concreto vivo que se movimenta em todo sentido que lhe é atribuído. Mesmo os falsos, os falaciosos, e dos sofistas que com seus silogismos quase perfeitos, lhe atribuíram uma direção comum, mas com sentido contrário. Como se fosse o sentido da anti-gravidade, da anti-matéria que catadores de todo tipo vinham até suas margens negociar, traficantes de bibelôs, Vendedores de guarda chuva, filósofos, que ao se jogarem sentiram seus corpos caírem para alto. E dentre outros usos havia também o de traslado. Já que passaram a utilizá-la até para se atravessar de uma Margem a outra, pra depois outra, e mais outra Margem até chegar ao feto da razão, a um principio de entendimento, lá no fundo do leito de um lodo galvânico do sentido, fruto da eletrólise das nascentes imaginantes.

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