
Um sonho então revelou
Você para mim desmistificada
Sentimento que não era amor.
Como se fosse algo plástico
Manufaturado, de brinquedo
Como relógios lindos, coloridos
Brincando de marcar o tempo.
E você de amante
Passou a ser a mãe que eu buscava em vão
Mas presa ao seu cotidiano
Jamais me daria proteção.
Sentia-me no frio, sozinho
Cambaleando em solo liso
Até que o chão ficou firme
E o caminhar se tornou preciso.
E como uma resposta
Um desfecho lá do íntimo
Do céu choveu suave
E pra cima olhei sorrindo.
Era um aviso
Para eu viver o momento
Do relógio que não para, cada segundo
Amar a vida insaciávelmente mais profundo.
Nilson Ares
5 comentários:
Fantático!! nem vou lhe recomendar a enxada essa semana! mas apenas por essa semana..
Frei
A vida..tem suas formas e cada um, vive sua intensidade...Essa que ao meu ver...tem que ser na velocidade da luz...O tempo passa, muito depressa pra todos nós e não importa quanto tempo dure...o importante...é a entrega e o prazer de cada momento vivido...
Amei a poesia, nos remete ao imaginário..a um filme de nossas vidas...atrás dos amores...sem nos importarmos com qual seja ele...
Parabéns!
Bravo,bravo,bravíssimo...um abraço Nilsão...
Ismael Luz de vela..rs
E viva o anti-imediatismo poético.
gostei bastante!
ninguém vai postar nada mais nesse buteco aqui não!assim não dá...
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