segunda-feira, julho 20, 2009

RESPOSTAS DO ONÍRICO

Numa dessas noites de inverno
Um sonho então revelou
Você para mim desmistificada
Sentimento que não era amor.

Como se fosse algo plástico
Manufaturado, de brinquedo
Como relógios lindos, coloridos
Brincando de marcar o tempo.

E você de amante
Passou a ser a mãe que eu buscava em vão
Mas presa ao seu cotidiano
Jamais me daria proteção.

Sentia-me no frio, sozinho
Cambaleando em solo liso
Até que o chão ficou firme
E o caminhar se tornou preciso.

E como uma resposta
Um desfecho lá do íntimo
Do céu choveu suave
E pra cima olhei sorrindo.

Era um aviso
Para eu viver o momento
Do relógio que não para, cada segundo
Amar a vida insaciávelmente mais profundo.

Nilson Ares

5 comentários:

Anônimo disse...

Fantático!! nem vou lhe recomendar a enxada essa semana! mas apenas por essa semana..

Frei

Sil disse...

A vida..tem suas formas e cada um, vive sua intensidade...Essa que ao meu ver...tem que ser na velocidade da luz...O tempo passa, muito depressa pra todos nós e não importa quanto tempo dure...o importante...é a entrega e o prazer de cada momento vivido...

Amei a poesia, nos remete ao imaginário..a um filme de nossas vidas...atrás dos amores...sem nos importarmos com qual seja ele...

Parabéns!

Anônimo disse...

Bravo,bravo,bravíssimo...um abraço Nilsão...
Ismael Luz de vela..rs

el Samu disse...

E viva o anti-imediatismo poético.

gostei bastante!

Anônimo disse...

ninguém vai postar nada mais nesse buteco aqui não!assim não dá...