terça-feira, agosto 18, 2009

O que engorda o Dono, é o olho do Gado.


Fiquei imensamente feliz com a discussão que aconteceu a partir de minha postagem chamada: Sr. Fractal e Sra. Simetria, em que relatava algumas observações (idiossincracia) da viagem que fiz à Bahia, especificamente sobre o povo Nordestino.

Porém alguns esclarecimentos se tornam necessários:


Somos feitos a partir da mesma matéria: Átomo.

Isso nos leva a concluir, que em hipótese alguma, somos ou seremos melhor que os outros.


Tenho profundo respeito por qualquer ser humano, sendo ele rico, bem sucedido, califa, haitiano, branco, alemão, judeu ortodoxo, jogadores de futebol, esgrimista, piloto de formula 1, potiguar, cego, sul-africano, maneta, puta, necrófilo, pastor, bandido, transsexual, preto, caboclo, caipira, piraquara, professor, doméstica, catador de lixo, designer gráfico, cafetão, esquizofrênico, músico, porteiro de prédio, frentista de posto de gasolina, matricida, hinduísta, ateu, beata... Em suma, todos os seres humanos.



Trabalho praticamente há doze anos bem de perto com a comunidade nordestina. Sempre respeitei. NUNCA permiti preconceito ou piadinhas do gênero dentro da sala.

Tenho amigos, conhecidos e parentes nordestinos, e algumas referências como: Capiba, Josué de Castro, João do Vale, Ferreira Gular, Glauber Rocha, Capinan, Elomar, José Bessa, João do Vale, Ariano Suassuna, Família Aquino, Família Carmo (que cuidou de mim, em momentos difíceis), além de ter características físicas bem fortes, a tal ponto de ser confundido na Bahia com nordestino.

Tenho profunda admiração pelos seres humanos sensatos, porem sei que leva tempo para atingirmos tal grau, isso se atingirmos. Porém, acredito, que o que falta ao mundo é silêncio, sensibilidade, coerência.

Não estou buscando a perfeição, até porque não existe, porém, sei que muito tenho a melhorar, e estou disposto a isso.

Algumas coisas eu não compactuo. Dentre elas:

Excesso de certeza;
Ignorância (ou seja, criticar o que o outro tem a dizer, sem ao menos escutá-lo)
Excesso de barulho; (falar alto, gritar, berrar, palavrões gratuitos,...)
Desrespeito no trânsito;
Adiamento de obrigações decisivas na vida, que irão trazer sofrimento para si e sua família, em relação ao trabalho, educação formal, álcool, Ipva, Iptu,...
Falta de ética e coerência.
Muvuca, barraco e afins.

Encontrei muito isso nessa viagem, em quase todas as cidadezinhas que passei, exceto Mucugê, na entrada da chapada.


Sei que tudo isso existe em todo lugar, mas lá é bem mais intenso e contínuo.

Na realidade, falo como quem tem (e tenho) por um lado fascínio, admiração e por outro ,estranhamento, receio, cuidado.

Mas preconceituoso, fascista ou xenófobo, nunca fui!

Basta quem me conhece saber do que estou falando.


Alguns não entenderam nada.


Também não são obrigados.


Paciência!



O importante é a consciência tranqüila.


Abraços


Prata

Obs: Nesse debate, diplomas, certificados, não representam nada!

6 comentários:

Alê Marques disse...

Ô louco Charlinho! Acho que a sua emenda saiu pior que o soneto!
Acho que levou muito a sério!

Anônimo disse...

Concordo coronel, me assusto em pensar que nosso amigo abatido com tal ataque se resigne a passar meses na geladeira da sua casa abaixo nos ovos e sobre as garrafas de vinho barato abertas e não se despunha a escrever aqui novamente, como alguns(umas)colegas.

Mantenho a opinião de que todos os comentarios sobre a coluna do prata usaram de bom senso, boa interpretação e muito respeito sim , até nas raquetadas pois não vi nenhum ataque ou mesmo defesa de uso pessoal..

Para mim continua suave demais...

André

Nilson Ares disse...

Bom...
Acho que o debate já se tornou sólido e consistente o suficiente para não precisar de mais colocações adicionais.
O que ficou para mim é que nosso amigo Prata não soube decodificar sua real intenção ao convertê-la para um texto.
Provavelmente há inúmeras deficiências do tipo históricas, sociológicas, antropológicas, linguísticas e mesmo filosóficas constatadas no texto.
As quais, se tratando de um "historiador" que manuseia determinadas técnicas para a redação da sua análise, não prescindem de pelo menos da menção do diploma.
Se não isso vira várzea!

Anônimo disse...

André vinho "barato" tudo bem, mas ovos...


abraços

Prata


Obs: viadinho, por não apareceu na casa do Gordura sábado?

Anônimo disse...

A propósito, nota-se um ambíguo principio de confusão nos dois textos, ou seja,
a literalidade do primeiro não compactua com a intenção do segundo.
Afinal, eu não sou eu, e outro, a primeira pessoa do meu texto. Eu sou eu!
Fabiano Baldi

el Samu disse...

Papo de doido! É o maldito centro-sul que carrega esse piano chamado País! E ambas as regiões são compostas em sua maioria de massa de manobra, enquanto a pouca massa crítica que resta trava batalhas fundamentadas no vazio de uma percepção particular.
Não achei o texto maldoso. Percebi alguns comentários um pouco hostís. Mas noves fora... é tudo isso aí mesmo!