quarta-feira, novembro 04, 2009

Para Claude Lévi-Strauss



"O mundo acabará do mesmo jeito que começou, sem o homem" vazio, sem um neurônio, sem a maldita certeza pragmática, sem muitos terem conhecido os Tristes Trópicos de Lévi-Strauss.
É verdade que acabará, mas somente do lado de fora desta biblioteca, no jornal das oito ou no olhar de outras, pessoas atônitas, estateladas no meio do filme, no meio fio pintado de verde-amarelo da última copa.
Acabo de ver lá fora a cena dantesca do mundo num trote acelerado que só pude detê-lo no instantâneo retrato do tropeço de quem perdeu o ônibus.
E aqui num ato falho Freud roe as unhas e no outro lado da prateleira a Rosa do Povo desabrocha nesse pântano de livros risos com alguns neurônios num pânico vazio.

Em algum dia numa biblioteca nosso Ale Marques mandou essa, que guardei nas páginas de um Neruda e arrumando livros, encontrei esses escritos que melhor do que nunca serve como homenagem à grande perda.
Samuel Farias

2 comentários:

Anônimo disse...

Grande Levi Strauss;;; adoro as calças da fabrica ele,

Brincadeiras a parte..

Só faltou ele botar na cabeça do índio que o invés de ficar cagando, comendo e trepando o dia todo, para fazer um curso de mecânica, de inglês e se introduzir na sociedade, deixando seus conceitos mais uniformes com a sociedade moderna.

André

Alê Marques disse...

Saudoso Lévi-Strauss!!
As ciências humanas perdeu o baluarte do estruturalismo, e o Brasil principalmente. Primeiro porque Lévi-Strauss fez parte da missão francesa que ajudou a montar a USP e todo legado para o pensamento e a intelectualidade do Século XX em nosso país. E segundo que Tristtes Trópicos narra a grande odisséia no coração do Brasil.
Mas que legal você ter encontrado esse meu escrito, acho que já deva fazer uns 10 anos, e coincidentemente na morte desse antropólogo. Salve Lévi-Strauss!!