quinta-feira, novembro 19, 2009

Rápido. Duro. Forte

Fetiche. Seu fetiche era olhar, apenas olhar....Pensava nas coisas obscenas que não tinham acontecido e o por vir o excitava mais que qualquer coisa que ela pudesse fazer a seguir. Sua imaginação sempre era mais criativa que qualquer mulher que ele tivesse levado para a cama.
Mas o que era para acontecer só entre quatro paredes saiu pela porta e a sua imaginação não conteve-se na sala.
Saia na rua e pensava naquela senhora nua, andava mais um pouco e parava ao ver uma loira e na sua imaginação a selvageria ia... No principio só havia delícia... Porém, com o decorrer dos dias, das situações e de todas as consequências que não serão escritas, pois o exercício maior aqui é a imaginação, ele começou a perder a cabeça. Tudo o excitava e nada mais era apenas normal. Começou a sentir-se constrangido ao entrar na casa da sogra, por exemplo. Na conversa com a colega de trabalho que via como uma irmã devido a antiga amizade, o frio na espinha e o calor por aí, o fez corar. Riu sem jeito e saiu. Tudo que sempre escondeu dele mesmo estava agora exposto demais. Pensou em ligar para Freud, lembrou-se da impossibilidade. Sentou e resolveu se concentrar. Tudo aquilo era impossível, uma vez que ninguém tem o subconsciente tão consciente, então era ele mesmo que estava fazendo isso. Portanto poderia parar quando quisesse. Não parou. Não conseguia. Todas as fantasias, todos os dedos, todos os toques, todas roupas íntimas, toda depravassão estavam ali na rua com ele e com aquela desconhecida nem tão apresentável. Começou a ter ereções por objetos. Nesse momento tudo perdeu senso. A máquina de lavar em exposição nas casas bahia, que delícia. O frango na televisão de cachorro virando tão devagar... as helices do ventilador girando em sintonia perfeita. O vento forte balançando a placa. O farol com três cores tocando com responsabilidade o trânsito. A tomada tão bem enfiada ... Daí parou de pensar e curtiu cada coisa que poderia. Pensou que ruim mesmo seria comer um pão com manteiga de paú duro na padaria!

10 comentários:

s.farias disse...

puta que pariu!!!!

Maria Angélica Davi Costa disse...

Ah, pelo menos eu tentei.

Anônimo disse...

Essa mulher virou tiete do Tinto Brass?

do Nevile de Almeida, do Nelson, do Peréio?

Amarra esse cara, pô!

Leva ele para o pasto e de ... para ele. rsrsrsrs

Abraços

Prata

Alê Marques disse...

ÓTIMO!!! PERFEITO!!
Po falar nisso, a cada texto você está cada vez "mais ótima"!

Alê Marques disse...

LI de novo acredita??
Larga mão desse negócio de Biologia e cai pra literatura pô!!!

Maria Angélica Davi Costa disse...

Ah, mas vai rolar uma discussão hoje sobre o tesxto, quero críticas! Preciso melhorar.

Anônimo disse...

Lúcia Veri..Maria;;;

Concordo com o Coronel que esta cada vez mais "ótima" também. Importante não esquecer as aspas...rsrsrs

Mas não inventa de cair na literatura, pelo amor de Deus, fique com o lance da biologia e divirta-se escrevendo aqui e em outros espaços!!

André

Nilson Ares disse...

Ô Maria,
Realmente não é tudo isso que dizem do seu texto não...
Acho que está rolando outros interesses (sexuais) aí.
Fique esperta!

Nilson Ares
Anjo do asfalto
Para resgate ligue: 0800-005-2525
(Das 23h às 6h)

Maria Angélica Davi Costa disse...

Nilson, que vc não gosta do q eu escrevo já esta claro, mas tantos aqui já sabem que desse mato não sai cachorro. Tenho sim recompensas por mérito e não pelas ausencias no meio das pernas.
André, Lucia seu narizão grandão, chatão!!!

Marcio disse...

sem interesses imediatos, gostei! achei o final divertido.