sexta-feira, novembro 27, 2009

Tela branca

De frente a uma tela branca, o que escrever?
Como dar vazão a voz interior quando não se sente inspirado?
Não é todo o dia que me sinto com vontade de dizer alguma coisa que valha a diferença. Sinto que algo deve mexer comigo primeiro. Uma vontade de “vencer” algum acontecimento pessoal que me frustra, nem que seja apenas na retórica.
Hoje tento ir na contramão ... Suplantar a apatia que me diz: pare!
Não existe nada novo. Nada me incomoda a ponto de querer gritar...
O tempo indica chuva no fim da tarde... mas não convence. Hoje é sexta-feira e no final do dia irei ao supermercado fazer a compra do mês. Que coisa comum, banal!
Mas aqui estou em frente desta tela menos branca.
Já se irritou com esta lorota? Eu ainda não ...
Se já chegou até aqui, é porque em algum momento já se encontrou em situação semelhante.
A poucos dias li nesta comuna uma reflexão sobre símbolos... representações do real, grafia rupestre.
As letras não são mais que desenhos, que juntas representam algo, que possa existir fisicamente ou não. Qual o poder da palavra, afinal ? Mesmo quando não se tem nada para dizer, ainda sim a palavra fala.
Ok. Vamos postar este texto e ficar olhando de vez em quando para ver as reações ... Quem sabe encontra eco em alguém.
A tela já não esta branca... produção sobre o que não se tem a dizer.

"Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever."

Benjamim Franklin

5 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso,

Carlos Drummond escreve sobre algo que deseja escrever , mais está guardado.
Tenho este sentimento constantemente e acredito boa parte de nós.
Abraço
Piquitito

Anônimo disse...

É o paradoxo da liberdade.

Difícil assumir a folha em branco.

S. Maia

pratapreta disse...

Ainda prefiro o diálogo, embora as vezes (sem pretensão, a não ser de por para fora) ainda insisto também na folha em branco.


abraços


Prata

pratapreta disse...

Ainda prefiro o diálogo, embora as vezes (sem pretensão, a não ser de por para fora) ainda insisto também na folha em branco.


abraços


Prata

el Samu disse...

lu. muito legal! esse drama da tela branca é real, porém acho q vale aqui um adendo: se escrever sobre o q não se tem dizer não tivesse valor algum, a tela ainda estaria branca...

não para não hein!!!