Procuro o copo d’água no criado mudo
Para os lábios secos ansiosos
Meus ouvidos captam um ruído ao fundo
Algo me lembra minha infância
Será o guarda noturno?
Sinto o ofegar da minha respiração
O suporte da alma, agora inerte sobre a cama.
Quem é este?
A pestanejar por entre confusões mentais e delírios
Serei útil a alguém?
A dor do próximo não me afaga o rosto, nem acaricia minhas mãos.
Quanto à palavra, seu som não reverbera.
Quanto à luz, sua explosão é branca e pálida.
Do outro lado, dizem, é um breu total.
Extremos, ou melhor, intensidades.
Um vazio que é preenchido com impossibilidades
De sorrisos, de caminhos, de amores.
Porque é assim?
Ao Fúlvio Fernandes.
2 comentários:
mandou bem caro,muito bem: será que o guarda noturno. Rapaz isto trouxe reminiscências a minha alma.
Um abraço Piquitito.
Grande Prata, por que tem que ser assim? Me vi meio que longe de mim mesmo...
Abs.
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