quarta-feira, dezembro 15, 2010

pitadas de filosofia - Cogito

Quando o grande filósofo matemático Descartes completou seu 40 anos recebeu uma graninha boa e ficou com vontade de viajar e conhecer o mundo. Alistou-se no exército e segundo consta teve contato com culturas totalmente diferentes da tua.

Tais culturas provavelmente geraram profunda crise no pensamento deste homem que até então enraizado dentro da cultura européia sempre tomara toda verdade que lhe fora ensinado dentro do colégio jesuíta de La Fleche. Ora, diante disso, este grande pensador talvez tenha pensado assim: vejo que dentro de cabeças honestas de outras culturas possuem verdades que vão contra a lógica daquilo que até hoje eu as tenho tomado como verdades universais e absolutas.

Eis aqui um grande problema. Como confiar nos sentidos se eles nos dão testemunhos relativos diante das coisas? Diante disso, Descartes resolve colocar todas as possibilidades de conhecimento em dúvida, pois para que algo seja realmente verdadeiro deve possuir propriedade de validade universal.

Diante da dúvida em relação a sua própria existência ele cogita (eis o cogito): penso = existo, como seria a mim possível cogitar sem pensar, mesmo que tivesse sonhando não poderia negar tal fato.

Veja que tal pensamento está contido uma verdade que podemos afirmar como universal (válida para qualquer ser humano) e que tal verdade provem das idéias (não dependem da experiência) e por isso idealista.

Diante disso, conclui-se que o pensamento cartesiano tem sua fundamentação dentro de um profundo idealismo com desconfiança profunda em nossos sentidos.

Mais o que gostaria de salientar é que acreditarmos piamente em nossas verdades particulares como teor de validade universal e não sermos capazes de ser honestos intelectualmente pode nos transformar em pessoas intolerantes. Neste ponto há um salto profundo no pensamento deste gênio matemático, aliás, área que ajudou a fundamentar sua tese idealista.

Como diante da relativade entre parâmetros de valores tão diversos entre as culturas termos uma convivência harmoniosa : eis um problema filosófico ainda aberto.

Hemerson

2 comentários:

Anônimo disse...

o "penso logo existo" a mim não dura 2 segundos. E a pedra do jacaré? Deve ficar fula de neguinho usá-la como trampolim.

E bom, na real, é DescarteS.

Anônimo disse...

hei, hemerson, queria saber uma coisa, se nao podemos confiar nos sentidos, como Descartes faz esse salto até a 6ªmeditação na qual admite a realidade do mundo sensivel? e..cogito significa pensar - cogito, ergo sum,logo cogita sem pensar é invalido, e nao entendi o porque da intolerancia uma vez que a verdade deve ser necessariamente objetivA. abraço joao